Carlos Chagas
A expectativa é de que o processo não demore o tempo que demorou o referente ao mensalão, mas ninguém deve esperar apurações e condenações tão cedo. A pena, por enquanto, é moral, conhecidos e apontados na rua os legisladores suspeitos de ter participado da roubalheira na estatal petroleira.
A argumentação de todos, para defender-se, será baseada em que podem ter recebido para as campanhas eleitorais dinheiro proveniente de desvios, superfaturamento e aditivos ilegais verificados na Petrobras, por obra e graça de empreiteiras, doleiros e diretores da estatal, mas não sabiam de sua procedência. Dirão ter-se comportado de acordo com a lei. A seus advogados caberá provar a afirmação, ainda que no caso do mensalão, muitos não tenham convencido os ministros do Supremo e, por isso, sido condenados à prisão.
A grande curiosidade no Congresso e fora do Congresso refere-se aos nomes dos deputados e senadores envolvidos. Há peixes grandes e peixes pequenos. Só os detentores de mandatos parlamentares responderão junto ao Supremo. Além dos que não se reelegeram, governadores e ex-governadores, assim como ex-ministros, serão julgados em outros tribunais superiores ou na justiça de primeira instância do Paraná. É grande a expectativa, a desvendar-se nos próximos dias.
AS GULOSEIMAS DE MADAME
A presidente Dilma anda mesmo num permanente inferno astral. Depois da reação dos partidos de sua base parlamentar aos ajustes propostas pelo ministro da Fazenda, e da grosseria de Joaquim Levy diante da desoneração das folhas de pagamento das empresas, vem a chefe do governo atropelar a lei válida para todo cidadão e entrar em território brasileiro, em aeronave presidencial, levando latas de doce de leite uruguaio na bagagem. Qualquer um que desembarque com essas guloseimas na mala verá elas serem confiscadas e ainda receberá uma repreensão dos agentes da Alfândega. Já Madame...
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