Síndrome de Estocolmo (Stockholmssyndromet , em sueco) é o nome dado a um estado psicológico em que uma pessoa – submetida a um tempo prolongado de intimidação – passa a ter simpatia, amizade e até mesmo amor pelo agressor. As recentes demonstrações de afeto dos professores da rede estadual em greve pelo senador Roberto Requião (PMDB) é uma manifestação coletiva e evidente dessa síndrome.
Durante os três períodos em que governou o Paraná (de 1991 a 1994 e de 2003 a 2010), Requião tratou os professores com brutalidade, suas demandas eram recebidas com desdém ou hostilidade. A maior demonstração de descaso e aversão a categoria ocorreu em 2008 quando Requião liderou um grupo de quatro governadores que entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal contra o piso nacional dos professores e a hora atividade. Segundo Requião, a Lei Federal (11.738, que instituiu o piso nacional), criou “regras desproporcionais e dar uma jornada de trabalho menor aos professores dentro da sala de aula (através da hora atividade)”.
Segundo Requião, o piso nacional de R$ 950,00 estabelecido pela Lei 11.738 causaria despesas exageradas e não haveria dinheiro para cobrir os gastos decorrentes do piso e do pagamento da hora atividade. Além de Requião, entraram na Justiça contra os professores os governadores do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira; do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli e do Ceará, Cid Gomes, atual ministro da Educação de Dilma Rousseff.
Não contente em agir contra os professores que hoje o idolatram, Requião gravou um vídeo na TV Educativa comemorando a façanha de ingressar na Justiça contra uma reivindicação histórica da categoria.
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