O desarranjo das contas públicas tem a ver com o exercício de uma política econômica equivocada. E do empenho de Dilma em se eleger a qualquer preço
Ricardo Noblat
E Dilma, atônita, parece não saber por que as pessoas estão com tanta raiva dela. Porque a recepcionam com vaias. Porque desejam vê-la pelas costas. Repare só. Ontem, em discurso no Rio de Janeiro, Dilma disse:
– Nós esgotamos todos os nossos recursos de combater a crise. Trouxemos para as contas públicas e Orçamento de União os problemas que, de outra forma, recairiam sobre a sociedade e os trabalhadores. (…) Agora temos que usar outros instrumentos de combate.
Por que ela não disse algo parecido com isso durante a campanha eleitoral?
Por que insistiu que estava tudo bem?
Por que acusou seus adversários de tramarem um ajuste fiscal que alcançaria os mais pobres?
Por que se disse incapaz de proceder assim – e está procedendo assim?
Dilma atribui o desarranjo das contas públicas ao seu desejo de ser boazinha conosco, poupando-nos de apertos até aqui.
Conversa mole.
O desarranjo das contas públicas tem a ver com o exercício de uma política econômica equivocada. E do empenho de Dilma em se eleger a qualquer preço.
É isso.
Culpa de quem
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