Paulo Castelo Branco
Desde a roubalheira do “Mensalão” que Lula, ora reconhece, com vergonha, as falcatruas de seus companheiros, ora as nega com veemência. Foi assim na entrevista que deu num luxuoso hotel em Paris em que inventou o tal de “Caixa 2” para justificar a grana que comprou votos no Congresso Nacional. Depois, assustado com a possibilidade de também ser envolvido nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, na maior desfaçatez, disse desconhecer qualquer ação de agentes públicos na distribuição de dinheiro aos parlamentares.
Naquele tempo, o ex-presidente, com a ajuda de oposição, se safou quase incólume, só com alguns arranhões em seu passado ético e de político respeitado mundialmente. Agora, depois de sair às ruas para conseguir reeleger a sua criatura, o político democrata regrediu e voltou a ser sindicalista agitador para incitar a violência e o desrespeito às leis e à democracia.
O discurso irascível e irresponsável de Lula contra as manifestações populares que são preparadas contra o governo Dilma para o dia 15 de março indica que os companheiros estarão dispostos a trazer de volta as ações trogloditas contra as privatizações que tornaram o Brasil um país desenvolvido e estável politicamente.
O ex-presidente que já foi reconhecido como o “cara” por Obama, hoje se transformou em consultor de empresas e vive saracoteando por aí fazendo prospecção de novos negócios em países comandados por ditadores prontos para fingir construir obras para o povo com recursos do erário brasileiro; um verdadeiro Carnaval. Os contratos secretos que garantem os empréstimos são uma vergonha nacional e devem ser vazados por funcionários públicos redatores de suas cláusulas. Se o fizerem, darão uma grande contribuição às investigações do Tribunal de Contas da União, do Ministério Público, da Polícia Federal e à Justiça provocando um novo grande escândalo.
O movimento popular contra o governo Dilma e Lula, não se restringirá às capitais ou grandes cidades. As redes sociais estão atingindo as pequenas comunidades e o povo está se preparando para breves manifestações em bairros, ruas e praças por todo o país.
Os paus de selfie estarão nas mãos dos manifestantes, multiplicando as imagens e convocando mais pessoas a engrossar a repulsa à corrupção e à má governança. Pode ser que as ameaças de Lula consigam inibir muita gente, mas, a grande massa popular, pacífica e democrática, estará unida nas ruas.
Após a manifestação, restará a Dilma rever o seu governo e buscar, na ação política, o caminho para retornar o Brasil ao seu destino de grande nação, e a Lula, moderar os seus arroubos de intolerância e voltar a ser o negociador hábil e democrático que o levou à Presidência da República; se não conseguir, que busque os especialistas em limpar o nome de pessoas em débito, pois está negativado perante os brasileiros.
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