quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Novo slogan do governo Dilma: ‘Não somos ladrões’

Diário do Poder


Jorge Oliveira

Maceió – O mundo está cheio de slogans que passaram à história e marcaram seus governantes. No Brasil, já desfilaram alguns deles como o “Homem da “vassoura”, de Jânio Quadros, o “Tudo pelo social”, de José Sarney, o “Caçador de marajás, do Collor,” e o “Gente em primeiro lugar” do FHC. O mais criativo de todos eles, contudo, é o que foi cunhado pelo ex-Secretário-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho para marcar o governo petista: “Não somos ladrões”.  É assim que o amigo do peito de Lula quer que o governo petista seja lembrado. Não precisa, porém, alardear que não é ladrão. É imperativo não roubar nem deixar roubar. E o que os brasileiros vêm assistindo nos últimos doze anos desmente Carvalho. O mensalão e o assalto à Petrobrás são alguns exemplos que só  afirmam o contrário: “Somos ladrões”.

O ex- espião do Lula dentro do Palácio do Planalto tirou a frase da cachola ao deixar o cargo de Secretário-Geral da Presidência da República. Pobre de um país que o principal ministro do governo deixa a Corte negando que seus parceiros façam parte de uma “organização criminosa”. Fica assim, decidido por decreto presidencial, que não houve roubo na Petrobrás e que os mensaleiros são uma invenção dessa oposição derrotista e invejosa.

Ao deixar o cargo, o ex-seminarista desabafou diante da plateia que foi assistir a sua despedida no Palácio do Planalto, repetindo várias vezes aquele que certamente será o jargão que acompanhará daqui pra frente o governo que ele serviu por duas décadas: “Não somos ladrões, não somos ladrões”.  Carvalho defendia-se das acusações de Aécio Neves de que o Brasil é administrado por uma quadrilha. Pois bem, agora com esses esclarecimentos, pede-se encarecidamente aos brasileiros que não acusem mais os petistas de roubar o país.

Gilberto Carvalho, que foi deixado no Planalto por Lula para vigiar os passos da Dilma, agora vai se juntar aos lulistas que não colaboram mais com a ela, que cada dia se afasta do seu criador. Esses dissidentes certamente vão bater ponto agora no Instituto Lula, o quartel-general da conspiração. Carvalho não tem do que se queixar. O Lula arrumou uma boquinha para ele na presidência do Conselho do Sesi, onde vai embolsar uns 50 mil reais por mês. Se fosse disputar o mercado de trabalho, certamente teria que voltar à Igreja como coroinha. Não se conhece outra atividade do ministro que não seja a das mamatas do serviço público desde quando assessorou o prefeito de Santo André, cuja morte ainda é em um ministério.

Carvalho também foi aplaudido na despedida pelos militantes petistas quando fez outra revelação importante: “Nós temos dignidade”. Esses esclarecimentos de Carvalho são importantes para evitar que brasileiros maldosos espalhem que a petezada aparelhou o estado e vive assaltando os cofres públicos. Como Carvalho não falou nos últimos escândalos petistas, nem nos condenados do mensalão, fica difícil pra gente saber a que governo ele serviu. Ou será que estamos vivendo em outra galáxia?

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