O ministro Marco Aurélio Mello, do
Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta terça-feira as medidas
anunciadas pela equipe econômica da presidente Dilma que causarão o
aumento na carga tributária, além do veto presidencial à correção da
tabela do Imposto de Renda. Para o ministro, o governo está “forçando a
mão”. Ele disse que, diante dos impostos elevados que os brasileiros já
pagam, qualquer aumento percentual significa “confisco”.
“Eu fico triste quando eu percebo
menoscabo em relação à ordem jurídica constitucional. O Estado tem que
adotar uma postura que sirva de norte ao cidadão. Ante a carga de
impostos sofrida pelos brasileiros, qualquer aumento tributário é
confisco. O que eles têm que fazer é enxugar a máquina administrativa,
reduzir os gastos. Na sua casa, você gasta mais do que a receita? Não.
Nós brasileiros já contribuímos em muito. Esperamos que o que é
arrecadado não vá pelo ralo”, protestou o ministro.
Marco Aurélio lembrou que, no início do
governo Lula, durante o julgamento de um processo no STF, foi o único a
votar pela correção da tabela do Imposto de Renda, para que o
contribuinte fosse menos onerado.
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