quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Doação de empreiteira do Petrolão constrange Veneri


Tadeu Veneri
Tadeu Veneri
O deputado Tadeu Veneri (PT) está pagando o preço do seu farisaísmo. Crítico de tudo e de todos, sempre se colocando acima de todo mundo, reserva moral do universo, o deputado não consegue esconder o constrangimento com a revelação que foi o deputado estadual que mais recebeu dinheiro de empreiteira envolvida na operação Lava Jato. No caso a Norberto Odebrecht, que contribuiu com R$ 213.750,00 para a reeleição do petista. Desde a divulgação da doação, o deputado vem sendo chamado pelos muitos desafetos de “Tadeu Odebrecht”
Não é a primeira vez que Veneri, o. homem acima do bem e do mal, é apanhado em um contrapé. Um escândalo envolvendo o deputado explodiu em 2011 a partir de uma denúncia do deputado Reinhold Stephanes Jr (PMDB) e desencadeou uma ação popular acolhida pela 8º Vara da Fazenda Pública de Curitiba. Veneri é acusado de “embolsar” cerca de R$ 275 mil em verbas de representação da Assembleia. O dinheiro teria sido usado de forma não permitida pelo regimento da Casa, entre eles o financiamento de campanhas de reeleição do próprio deputado.
Uma perícia nas notas apresentadas a Assembleia por Veneri, determinada pela juíza Patrícia de Almeida Gomes Bergonse, complicou muito a situação do deputado petista. Outra perícia, realizada a pedido do autor da ação popular, e juntada aos autos encontrou robustos indícios de fraude nas notas utilizadas por Veneri para embolsar cerca de R$ 275 mil em verbas de ressarcimento.
O processo contra Veneri tramitou na 8º Vara da Fazenda Pública de Curitiba. A perícia afirma que os recursos utilizados pelo deputado petista, que deveriam cobrir despesas de gabinete, foram destinados a produção de materiais eleitorais e outras despesas ligadas à campanha de reeleição de Veneri, o que é flagrantemente ilegal.
A perícia encontrou evidências que as notas apresentadas por Veneri são diferentes das que a empresa Reproset apresentou ao Fisco Estadual, embora com o mesmo número, o que denota a falsidade dos documentos. Caso das notas fiscais nº 14233 e 14359. O perito afirma que existem provas cabais de que a empresa gráfica Reproset utilizou-se de “bloco de notas paralelo”.
Os documentos, na opinião do perito, comprovam a ilegalidade do ressarcimento. A concentração de despesas no período eleitoral não pode ser considerada uma movimentação financeira normal. Em 32 dias foram pedidos ressarcimentos de R$ 98.550,26 (28% do orçamento anual).

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