Augusto Nunes
“A
Petrobras é como a Seleção, um símbolo do Brasil em qualquer lugar do
mundo”, disse Lula em 2007. ”Com o pré-sal, a Petrobras vai ser uma das
empresas mais fortes do mundo”, avisou em 2008. “Eles querem
privatizar a Petrobras porque nunca antes neste país o Brasil teve uma
potência conhecida no resto do mundo”, festejou em 2009. “Eles não se
conformam com o governo de um nordestino que fez a Petrobras ser
respeitada no mundo inteiro”, cumprimentou-se em 2010, pouco antes de
entregar a Dilma Rousseff uma estatal infestada de incompetentes,
gatunos e vigaristas.A presença da palavra mundo em todas as frases acima reproduzidas informa que o ex-presidente é um megalomaníaco sem cura. As quatro falácias entre aspas identificam um governante sem compromisso com a verdade. A soma das duas disfunções confirma aos berros que um farsante patológico foi presidente da República durante oito anos e continua exercendo os poderes de único deus da seita que se apossou do governo. O Brasil Maravilha registrado em cartório só existe na cabeça baldia do chefe supremo e nos cérebros semidesertos de sacerdotes e devotos.
Até o começo do século, a Petrobras foi marcada pela solidez financeira e pela eficiência administrativa. Em 12 anos, o governo lulopetista reduziu a empresa a um viveiro de corruptos. O colosso inventado pelo palanque ambulante só figurou entre os campeões dos petrodólares na imaginação dos nacionalistas de galinheiro. A empresa admirada no mundo inteiro nunca produziu barris suficientes para assombrar o mundo. Mas conseguiu produzir um caso de polícia que vai, agora sim, torná-la mundialmente conhecida.
O que já se sabe do Petrolão comprova que em nenhuma empresa do ramo um bando de delinquentes roubou tanto, por um período de tempo tão longo e com tamanha desfaçatez. Com a entrada em cena do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a história tem tudo para virar roteiro de um filme. Semanas a fio, multidões de brasileiros lotarão as salas de cinema do país inteiro. Ninguém vai perder a chance de ovacionar o final exemplarmente feliz: graças à ajuda dos investigadores americanos, nenhum bandido ─ nenhum ─ escapa da cadeia
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