quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O PT quer acabar com a liberdade de expressão e o direito à informação

Editorial do Diário do Poder


O presidente do PT, o ex-jornalista Rui Falcão, acha esse negócio de imprensa livre uma coisa horrível. Os fascistas também. Tiranos e facínoras também têm horror ao direito inalienável da sociedade à informação. Nesse ponto, a figura anã de Rui Falcão não está só, vê-se acompanhado em nossa região do mundo de muita gente de alto coturno (todos com credenciais democráticas um tanto esfarrapadas)  como a presidente Cristina Kirchner, da Argentina; o trio bolivariano (Maduro, Rafael Corrêa e Evo Morales ) e os eternos Castro. Todos esses países conduzidos por líderes populistas de inclinação autoritária, que se percebem como verdadeiros salvadores de suas respectivas pátrias.
Todo sorridente ao sair da reunião da Executiva Nacional do PT, nesta segunda-feira, Falcão disse que seu partido vai entrar com todas as forças na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, para que possa impulsionar ativamente as decisões do segundo mandato da presidente Dilma, em particular a reforma política e a ‘democratização’ dos meios de comunicação.
Isso quer dizer que para fazer avançar sua agenda autoritária, o PT vai acionar o rolo compressor para esmagar o deputado pemedebista Eduardo Cunha, enterrando sua pretensão de vir comandar aquela casa do Congresso. A presidente Dilma abomina o Cunha porque ele se recusa à subserviência plena. E quem não é subserviente aos desígnios da grande chefa é considerado inimigo, a ser combatido a ferro e fogo. Duas estrelas do PT, de grandezas diferentes, querem o lugar de cunha: Arlindo Chinaglia, de São Paulo, de maior brilho, e o gaúcho Marco Maia, mais apagadinho, um tipo que saiu do cargo direto, sem escalas, para o baixo clero. Os dois têm em comum, além da filiação partidária, o fato de serem representantes de Estados onde o PT perdeu de lavada nas últimas eleições.
Na Resolução que emitiu, a executiva  do PT  prioriza-se para o segundo mandato da presidente, a  reforma política e o controle da mídia, que qualificam eufemisticamente como a “democratização” dos meios de comunicação.  O documento determina que o partido trabalhe para permitir que o governo tome “medidas avançadas” nessa área e alerta que será travada uma “batalha” no Congresso para aprovar a “Lei da Mídia Democrática”.

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