quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Alckmin cobra investigação de suposto pagamento de propinas


Governador Geraldo Geraldo Alckmin: "O diretor da empresa (Alstom) disse que houve pagamento de proprinas em 1998. A empresa nega, então é necessário investigar" (Foto: Exame)
Governador Geraldo Geraldo Alckmin: “O diretor da empresa (Alstom) disse que houve pagamento de propinas em 1998. A empresa nega, então é necessário investigar” (Foto: Exame)

Caso se refere a uma investigação realizada pelo Cade que detectou que várias companhias acordaram desde 2001 dividir contratos de manutenção de trens em SP
Do site da revista Exame

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira que “é necessário investigar” o suposto pagamento de proprinas da empresa francesa Alstom à administração regional para ser favorecida em um contrato de licitação, como denunciou um ex-diretor da companhia.
“O diretor da empresa disse que houve pagamento de propinas em 1998. A empresa nega, então é necessário investigar”, comentou Alckmin em declarações aos jornalistas sobre a primeira denúncia atribuída a alguém em particular sobre o assunto.
O jornal Folha de São Paulo publicou que o ex-diretor comercial da Alstom André Botto admitiu perante a Justiça francesa em 2008 que a empresa pagou uma propina equivalente a 15% de um contrato por US$ 45,7 milhões em 1998.
O caso se refere a uma investigação realizada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que detectou que várias companhias, entre elas Siemens e Alstom, acordaram desde 2001 dividir contratos de manutenção de trens em São Paulo.
Pela suposta fraude, destapada em agosto, também são investigadas no Brasil a canadense Bombardier, a japonesa Mitsui e as espanholas Caf e Temoinsa.
A declaração de Botto recolhida pela Folha cita, além disso, um contrato anterior a 2001 entre a Alstom e a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE), firma controlada naquele momento pela administração regional comandada pelo falecido Mario Covas, o padrinho político de Alckmin, que por sua vez era vice-governador.
No entanto, desde 2008, a empresa francesa nega o pagamento dos supostos subornos para vencer contratos no maior e mais povoado estado do Brasil.
“Essa investigação está sendo realizada pelo próprio Estado. Nós chamamos as empresas [do escândalo] na Corregedoria-Geral e não compareceram. Por isso entramos também na Justiça e existe uma investigação do Ministério Público e da polícia”, ressaltou Alckmin.
Em novembro, pelo mesmo escândalo, a Associação de Banqueiros Suíços confirmou o bloqueio das contas utilizadas pela Alstom e a alemã Siemens para o pagamento dos supostas propinas, após o pedido do Brasil.
(Agência EFE)

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