quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Tiroteio em campo aberto

Zé Beto


Funciona assim. Num dia a ministra Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil da presidência da República, dá entrevista a uma rádio do Interior, no caso a Colméia, e descasca o governador Beto Richa do PSDB, repetindo que, sob o comando dele, o
estado sofre de “incompetência administrativa”. Defende o governo federal dizendo que não foi possível investir mais porque faltaram projetos do governo do Paraná. “Nós tivemos, infelizmente, um vazio, um deserto de propostas e projetos por parte do governo do Estado que nos impediu de avançar”. Defendeu também o ataque aos três ministros do Estado, dizendo lamentar “ que ele tenha que se justificar dessa maneira, justificando uma incapacidade, até mesmo uma incompetência administrativa, colocando culpa em outras pessoas”.
Hoje o governador Beto Richa entrou no ar na mesma rádio, de Cascavel, e respondeu descendo a ripa na ministra. Acusou-a de usar o cargo para fazer politicagem e discriminar o Estado que lhe deu o mandato de senadora. “Picuinhas políticas não podem interferir no desenvolvimento do Paraná”, afirmou. Os empréstimos barrados em Brasília foram a pedra de toque no ataque. “É um crime contra o Estado”. Richa disse que precisou telefonar para a presidente Dilma Rousseff na última quarta-feira para saber por que o Paraná ainda não conseguiu os R$ 817 milhões do Proinvest. “A ministra da Casa Civil não podia estar defendendo o nosso Estado?”, questionou. Ele informou que entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a liberação do empréstimo que já havia sido autorizado. Para Richa, a atuação de Gleisi só causa prejuízo aos paranaenses, não só pelos financiamento barrados. Sob a responsabilidade de Gleisi, a concessão da BR-163 acaba na divisa do Mato Grosso com o Paraná, onde há maior volume de tráfego. Lembrou ainda que a ministra defendeu a construção de uma estrada de ferro até Maracaju (MS) que desviava as cargas de Paranaguá para o porto de São Francisco em Santa Catarina. “Um prejuízo incalculável”

Nenhum comentário:

Postar um comentário