sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

PRIMEIRA PENITENCIÁRIA PRIVADA COMPLETA UM ANO DE OPERAÇÃO EM MINAS


Primeira penitenciária sob responsabilidade da iniciativa privada completa um ano de operação em Minas

CELA PARA QUATRO - Cada preso tem sua cama: parece óbvio, mas é raridade, quase um milagre no horrendo sistema penitenciário brasileiro (Foto: Carlos Alberto)
CELA PARA QUATRO – Cada preso tem sua cama: parece óbvio, mas é raridade, quase um milagre no horrendo sistema penitenciário brasileiro (Foto: Carlos Alberto)
Dica do leitor e amigo do blog Reynaldo-BH
Reportagem de Joana Suarez, publicada no jornal O Tempo


Nesse modelo, cada um dos presos custa ao Estado R$ 2.800 por mês, incluindo os custos da construção dos pavilhões; no sistema público, os presidiários custam entre R$ 1.700 e R$ 2.300 – sem contar a construção

Com quatro presos por cela e um sabonete por semana para cada um, o Complexo Penitenciário Público-Privado de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, que completou um ano de funcionamento ontem, apresenta-se como o “sonho” dos presidiários.
Enquanto muitos presídios de Minas não possuem a estrutura ideal, o complexo tem cerca de 100 vagas extras vazias para necessidades de emergência.
As duas unidades em funcionamento respeitam a capacidade máxima de 672 presos cada. Quando o modelo de Parceria Público-Privada (PPP) foi inaugurado no início do ano passado, a promessa do governo era de que as cinco unidades estariam prontas até o fim de 2013. No total, serão criadas 3.360 vagas, mas por enquanto há 1.344.
Nesse modelo, cada um dos presos custa ao Estado R$ 2.800 por mês, incluindo os custos da construção dos pavilhões. No sistema público, os presidiários custam entre R$ 1.700 e R$ 2.300 – sem contar a construção.

Presos como o Ferrugem da Galoucura trabalham e ganham salário (Foto: Fernanda Carvalho / O Tempo)
Presos como o Ferrugem, da torcida organizada Galoucura, do Atlético Mineiro, trabalham e ganham salário (Foto: Fernanda Carvalho / O Tempo)

Para o subsecretário de administração prisional, Murilo Andrade, o custo-benefício compensa os gastos. “Temos um parceiro responsável pela ressocialização do preso e manutenção da unidade, e o Estado só entra com a segurança prisional e fiscalização”, explicou. Andrade acredita que ainda é cedo para saber se esse modelo será expandido.
Falhas como a fuga de um presidiário em novembro último estão sendo corrigidas nesse primeiro ano de manutenção, conforme informação dos responsáveis pelo complexo.
Promessas
Tecnologias. O complexo deve instalar em fevereiro o equipamento para revista (Body Scan). O bloqueador de celular também deve entrar em funcionamento na segunda unidade em março

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