A oposição vai pedir informações à Presidência da República sobre a parada técnica da presidente Dilma Rousseff em Lisboa, onde se hospedou em um hotel de luxo e jantou num dos melhores restaurantes da capital portuguesa.
Sem compromissos oficiais em Portugal, a presidente permaneceu por algumas horas em Lisboa numa pausa da viagem entre Zurique (Suiça) e Havana (Cuba). Dilma participou do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suiça, e fará visita oficial à capital cubana.
Líderes do PSDB vão pedir que o Congresso solicite as informações ao governo federal e, se receberem a confirmação de que Dilma e sua comitiva tiveram gastos excessivos no país, vão pedir o ressarcimento do dinheiro aos cofres públicos.
"Se a presidente não tem compromissos oficiais em Lisboa, não tem como justificar esse turismo com dinheiro público. Há que se restituir os cofres públicos", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Líder do PSDB na Câmara, o deputado Carlos Sampaio (SP) afirmou que a viagem é um "disparate" no momento em que o Brasil enxuga gastos em meio à instabilidade econômica internacional. "É um total disparate, uma afronta aos brasileiros. Dilma quer se reeleger para continuar passeando com dinheiro público", atacou o tucano.
Os oposicionistas afirmam que Dilma tinha a Embaixada do Brasil em Portugal para se hospedar sem desembolsar dinheiro público. "É fácil promover gastos como esse em Lisboa quando se tem para quem mandar a conta: para os brasileiros", completou Sampaio.
O Palácio do Planalto justificou a pausa em Lisboa com o argumento de que o avião presidencial não tinha autonomia para levar diretamente da Suiça à Cuba e precisava fazer uma parada técnica.
A presidente chegou a Lisboa por volta das 17h (horário local) de sábado e se hospedou no Ritz, um dos mais caros da capital portuguesa. Uma parte da equipe ficou hospedada no Tívoli, outro hotel de luxo. Dilma já deixou Lisboa rumo a Cuba.
A presidente fez a viagem acompanhada pelos ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores), além de Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência.
A Folha apurou que Dilma aproveitou a parada e saiu para jantar em um tradicional restaurante na capital portuguesa.
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