Jorge Oliveira
Rio – Ao fazer uma escala “técnica” em Portugal para
comer seu bacalhau preferido, como aconteceu em outra viagem recente, a
presidente Dilma e sua comitiva de mais de trinta aspone e puxa-sacos
variados parecem não dar muita importância aos gritos das ruas que
berram por menos ostentação e pela transparência dos gastos na Copa do
Mundo. Alheia ao clamor popular, a presidente esbanja dinheiro público
em luxuosos hotéis e restaurantes em escala fora da agenda oficial.
Apenas pela suíte no Ritz, o contribuinte vai pagar 27 mil reais para hospedar a sua presidente a caminho de Cuba. Em Havana, ela inaugura obras do porto de Mariel, onde o BNDES enterrou quase 700 milhões de dólares a fundo perdido, em um contrato com cláusulas de sigilo. A despesa total para os auxiliares da presidente, que reservaram dois andares no hotel Tivoli, um dos mais caros de Lisboa, não será divulgada pelo Planalto que decidiu carimbá-la como confidencial. Não se saberá também o custo de permanência dessa turma na capital cubana, uma das mais caras do mundo, onde o visitante só gasta em dólar.
É chocante saber que a presidente lotou o Boeing para ir a Davos com uma comitiva de mais de trinta pessoas. Lá, fez um discurso, considerado por economistas internacionais, pobre, malajambrado e vazio, para uma plateia que hoje não dá a menor importância a economia brasileira administrada pelo confuso Guido Mantega, o mágico dos números. Nunca na história desse país tivemos presidente tão inexpressivo representando o seu povo no exterior, como comentaram alguns analistas. Os tecnocratas que em tese estariam ali para arrumar o pensamento fragmentado da Dilma, não perderam a oportunidade para se fartar nos freeshops com cartões corporativos, sustentados pelo contribuinte.
O brasileiro, que paga a conta, não tem acesso a esses gastos da caravana no exterior, o que contraria o discurso da Dilma que se dizia em 2011, depois da posse, empenhada na transparência dos gastos públicos por lei sancionada por ela própria (a de Acesso à Informação). Sabe-se, portanto, que de 2003 a 2010, as despesas secretas com cartões corporativos de Lula, seu antecessor, durante os dois mandatos, foram de R$ 44,5 milhões, dos quais R$ 31,6 milhões para pagar hotéis e locação de carros.
Os últimos dados do governo da Dilma referem-se até abril de 2013, antes do selo confidencial dos gastos. Até aquela data, a presidente já tinha torrado R$ 15,2 milhões com o cartão corporativo. A tendência, no entanto, é que essas despesas aumentem à medida que se aproxima a reeleição. O ano passado, Dilma viajou 71 dias pelo Brasil, um recorde para os seus 46 dias de 2012.
O carimbo de secreto dessas despesas sepulta as esperanças do brasileiro de saber para onde está indo tanto dinheiro no exterior e aqui para os gastos da presidente e de seus privilegiados assessores. O Itamaraty garante que os número serão revelados depois do mandato da presidente Dilma, mas até agora os gastos do Lula, por exemplo, continuam guardados a sete chaves. Cabe ao próprio Itamaraty prolongar a abertura dessas informações por até 15 ou 20 anos se assim lhe convier.
Ao ignorar as manifestações e os apelos das ruas por uma administração austera que respeite os gastos públicos, o governo está brincando com fogo – literalmente. Ao perder o controle dessa convulsão social que pode se alastrar pelo país, certamente lá na frente vai procurar o caminho mais fácil para silenciar os gritos dos sem-vozes: a repressão.
Apenas pela suíte no Ritz, o contribuinte vai pagar 27 mil reais para hospedar a sua presidente a caminho de Cuba. Em Havana, ela inaugura obras do porto de Mariel, onde o BNDES enterrou quase 700 milhões de dólares a fundo perdido, em um contrato com cláusulas de sigilo. A despesa total para os auxiliares da presidente, que reservaram dois andares no hotel Tivoli, um dos mais caros de Lisboa, não será divulgada pelo Planalto que decidiu carimbá-la como confidencial. Não se saberá também o custo de permanência dessa turma na capital cubana, uma das mais caras do mundo, onde o visitante só gasta em dólar.
É chocante saber que a presidente lotou o Boeing para ir a Davos com uma comitiva de mais de trinta pessoas. Lá, fez um discurso, considerado por economistas internacionais, pobre, malajambrado e vazio, para uma plateia que hoje não dá a menor importância a economia brasileira administrada pelo confuso Guido Mantega, o mágico dos números. Nunca na história desse país tivemos presidente tão inexpressivo representando o seu povo no exterior, como comentaram alguns analistas. Os tecnocratas que em tese estariam ali para arrumar o pensamento fragmentado da Dilma, não perderam a oportunidade para se fartar nos freeshops com cartões corporativos, sustentados pelo contribuinte.
O brasileiro, que paga a conta, não tem acesso a esses gastos da caravana no exterior, o que contraria o discurso da Dilma que se dizia em 2011, depois da posse, empenhada na transparência dos gastos públicos por lei sancionada por ela própria (a de Acesso à Informação). Sabe-se, portanto, que de 2003 a 2010, as despesas secretas com cartões corporativos de Lula, seu antecessor, durante os dois mandatos, foram de R$ 44,5 milhões, dos quais R$ 31,6 milhões para pagar hotéis e locação de carros.
Os últimos dados do governo da Dilma referem-se até abril de 2013, antes do selo confidencial dos gastos. Até aquela data, a presidente já tinha torrado R$ 15,2 milhões com o cartão corporativo. A tendência, no entanto, é que essas despesas aumentem à medida que se aproxima a reeleição. O ano passado, Dilma viajou 71 dias pelo Brasil, um recorde para os seus 46 dias de 2012.
O carimbo de secreto dessas despesas sepulta as esperanças do brasileiro de saber para onde está indo tanto dinheiro no exterior e aqui para os gastos da presidente e de seus privilegiados assessores. O Itamaraty garante que os número serão revelados depois do mandato da presidente Dilma, mas até agora os gastos do Lula, por exemplo, continuam guardados a sete chaves. Cabe ao próprio Itamaraty prolongar a abertura dessas informações por até 15 ou 20 anos se assim lhe convier.
Ao ignorar as manifestações e os apelos das ruas por uma administração austera que respeite os gastos públicos, o governo está brincando com fogo – literalmente. Ao perder o controle dessa convulsão social que pode se alastrar pelo país, certamente lá na frente vai procurar o caminho mais fácil para silenciar os gritos dos sem-vozes: a repressão.
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