Com a intenção de construir uma nova igreja, para a Paróquia São
Francisco de Assis, no Xaxim, no dia , 27 de novembro, uma árvore
centenária (aroeira, que faz parte da mata nativa da região) foi
derrubada, por uma máquina, destino que também será dado para mais algumas
arvores, que fazem parte do bosque preservado da igreja. Quando uma
moradora do bairro, interpelou o pároco e os funcionários da empresa,
sobre a existência de autorização para a derrubada das árvores, nada foi
apresentado. Este fato ocorreu as 08:30 e até a chegada da Polícia
Florestal, às 14:00, nenhum documento de autorização dos órgãos
competentes havia sido apresentado. Nem mesmo a Regional do Boqueirão
tinha esta autorização.
Outro fato curioso, diz respeito a demolição que será feita, da Igreja de São Francisco de Assis. Ao invés de aumentarem a edificação e assim preservarem a antiga igreja, a idéia e demolir a edificação.
Desta forma,a história e o trabalho feito pelas famílias dos antigos e tradicionais moradores do bairro do Xaxim , para a construção da tão sonhada igreja, será perdida:
UM POUCO DA HISTÓRIA
Em 1952, os moradores do Xaxim reuniram-se na sede da Sociedade "5 de
Julho", com a finalidade de iniciar uma campanha em prol da construção
de uma capela ou, de uma pequena igreja para o bairro. Tudo bem planejado,
porém faltava o principal, ou seja, o terreno para a construção e quem doou o terreno foi o Sr. Francisco Derosso. Assim, no final do ano de 1952 iniciou-se
a campanha para a construção, sendo então construída uma meia água,
destinada as reuniões da Comissão Pró-construção, local este que também
passou a servir de escolinha de catecismo, ao pequeno grupo de crianças.foram realizadas várias festas para angariar o dinheiro. Com o dinheiro
já em caixa, a Comissão decidiu dar início as obras da igreja, projeto
elaborado pelo arquiteto Panek. Assim, em 14 de outubro de 1956, com a
presença do Arcebispo Dom Pedro Fedalto, convidados especiais, padrinhos
e autoridades, foi lançada a Pedra Fundamental, em cuja urna de cimento
foram depositados jornais do dia, moedas e a Ata do evento. A urna
dificilmente será aberta, pois se encontra no local onde foi edificado o
escritório da Paróquia.
Como responsável pelas obras, a comissão designou o companheiro e
competente pedreiro, Humberto Higino Parolin. Teve início então, a
campanha para obtenção do material necessário ao início das obras. O
grande amigo do bairro, o Major Ney Aminthas de Barros Braga, na época
Prefeito Municipal de Curitiba, determinou que a prefeitura fornecesse
toda a pedra maroada (bruta, quebrada) e a brita, para o alicerce.
Quanto aos tijolos e areia, o presidente da Comissão, Francisco Derosso,
procurou seus amigos oleiros de Umbará, conseguindo a doação de 80% dos
tijolos e a totalidade da areia necessária. Com o início das obras, a
comunidade recebeu grande injeção de ânimo e as contribuições
melhoraram. As reuniões festivas eram cada vez maiores e os festeiros
sorteados, sempre contribuíam. Feita a cobertura da igreja, possibilitou-se a realização de missas, uma ou duas vezes por mês. Com a chegada da rede elétrica no bairro, em 1958 e a
igreja já coberta, reuniões noturnas, encontros de lideranças e a reza
do terço, começaram a ser realizadas no período da noite. Foi lançada a
campanha para a confecção do vitraux (janelas coloridas com motivos
religiosos) e as principais famílias que contribuíram, tiveram seus
nomes gravados nos vidros. A campanha do piso e dos bancos, também teve amplo
sucesso. O altar foi doado pelo senhor Pedro Minolli, proprietário dos
Armazéns Esmeralda e o projeto, foi do arquiteto Panek. Era todo em
ferro trabalhado e de difícil execução. As imagens de Jesus Crucificado e
São Francisco de Assis, bem como poltronas e tapetes, foram doados pela
família João Derosso. A imagem de São Francisco de Assis
foi trazida em procissão motorizada, partindo da Igreja do Senhor Bom
Jesus, da Praça Rui Barbosa, sendo recebida com cantos, queima de fogos e
grandiosa festa, durante todo o domingo, de sua chegada. Depois, a igreja foi novamente ampliada e remodelada, onde até os dias de hoje, são realizadas missas, batizados, casamentos e encontros carismáticos.
Uma frondosa árvore derrubada, para a construção da nova igreja. A previsão é derrubar mais algumas árvores nativas, para a construção da nova igreja.
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