quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Fábio Camargo fala pela 1ª vez sobre afastamento do cargo no TCE-PR


Do G1 PR, com informações da RPC TV Curitiba:
O ex-deputado Fábio Camargo falou nesta terça-feira (17), em Curitiba, pela primeira vez, desde que foi eleito conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) no mês de julho. Ele foi afastado do cargo por uma liminar da desembargadora Regina Portes Afonso no dia 27 de novembro. Na decisão, ela afirma que o ex-deputado foi beneficiado na eleição porque não apresentou todos os documentos dentro do prazo. Além disso, o conselheiro afastado apresentou uma certidão criminal positiva, fato que contraria o regulamento.
Fábio Camargo afirmou que não teve nenhum favorecimento na eleição. “De posse da certidão, verificaram que não tinha nenhum impedimento para mim (sic) disputar a eleição. É uma certidão positiva não impeditiva. Nós estamos comprovando tecnicamente, juridicamente, que não existiu absolutamente erro algum da minha parte”, disse o ex-deputado.

Nos próximos dias, mais uma decisão da Justiça vai questionar a eleição para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas. O ex-deputado teve um voto a menos do que o mínimo para se eleger em primeiro turno. “O quórum é 52. Vinte e sete é metade mais um”, alegou Fábio Camargo.
O ex-deputado ainda disse nesta terça-feira que vai recorrer de todas as decisões da Justiça para se manter no cargo de conselheiro do TCE-PR. Ele responde, em Brasília, a outro processo – a Procuradoria-Geral de República também pediu o afastamento dele por suspeita de tráfico de influência.
O conselheiro afastado é filho do desembargador Clayton Camargo, que era presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) na época da eleição. O candidato derrotado Plauto Miró (DEM) chegou a fazer um desabafo na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná. “Eu quero aqui deixar registrado (sic) a minha estranheza e a minha tristeza de poder ver que eu fui uma mercadoria que participou de uma barganha feita entre os poderes do nosso Estado do Paraná”.
Já o líder da oposição, o deputado Elton Welter (PT), afirmou ter sido ameaçado para votar em Fábio Camargo. “Ameaça. A palavra diz por si. Ameaça de influência externa pelos poderes porque todo mundo tem medo do poder judiciário”, relatou Elton Welter.
Nesta terça-feira, Fábio Camargo se defendeu da acusação. “Logicamente que não houve nenhum tipo de pressão e obviamente que, a partir do momento dessas declarações, houveram (sic) investigações e que, com certeza, foram confirmadas (sic) que não existiram nenhum tipo de pressão e nenhum tipo de tráfico de influências”, garantiu o ex-deputado.
Fábio Camargo também comentou a declaração do presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Valdir Rossoni (PSDB), que disse ser favorável a uma nova eleição para o conselho do Tribunal de Contas. “Eu acho que todos os deputados, meus ex-colegas daquele momento, falavam que realmente o ideal seria se a escolha fosse diferente. Então, o presidente da Assembleia é um eco da sociedade paranaense”, argumentou o conselheiro afastado.
O ex-deputado ainda admitiu que deputados têm mais facilidade para se eleger conselheiros do Tribunal de Contas. “O que existe é uma facilidade no contato com o eleitor, no caso o postulante, no caso um dos deputados, ele tem obviamente a facilidade de um convencimento de voto pela proximidade de quem vai votar. Mas, com certeza, com muita humildade eu vejo que tecnicamente a grande maioria dos postulantes estava preparado”, disse.

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