domingo, 3 de julho de 2011

ERA UMA VEZ UM CORAL

 CALAM-SE AS VOZES DE VOLUNTÁRIAS DO DR. ERASTO


Calam-se as vozes do coral de voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Os corredores e átrios do Hospital do Câncer “Dr. Erasto Gaertner”, em Curitiba, respira-se a morbidez da metástase, inspira ao silêncio mais fúnebre dos pré-condenados ao óbito pela insensatez, a intolerância, a negligência. Não se poupam nem mesmo as crianças enfermas abandonadas à mercê de inóspitas e briguentas voluntárias que em harmonia cantavam viventes, felizes e vivazes para espantar o grande mal do câncer. Acabou o coral. Nem mais direito ao som do silêncio os pacientes previdenciários têm. Isso, por ordem e desgraça da comandanta em chefe do forrobodó, a voluntária Walkiria Gaertner. É o que diz, documentalmente, relatório a ‘que tivemos acesso’, dando conta do clima de mal-estar provocado pela tal comandanta, que “age de forma truculenta, não respeita as demais colaboradoras…, recentemente agrediu verbalmente as voluntárias que participavam do coral (conforme depoimento de uma delas), o que ensejou outra voluntária a registrar queixa na polícia, fazendo um Boletim de Ocorrência”. Segundo o relatório, agindo de forma estúpida, a comandanta interveio em reunião dizendo nesses termos “eu mando nesse coral. Nada desse negócio de cantar sem minha autorização. Vocês andam cantando por lugares que Deus sabe onde, levando o nome da Rede” (insinuando que as coralistas cantam em lugares impúberes, de baixo nível na ‘zona’, talvez ela quis dizer…)”. Ora, o coral recebe convites e canta, sempre apresentando composições bem interpretadas e de bom gosto, marcando, por onde passa, o “nome” da Rede Feminina de Combate ao Câncer, instituição essa integrada à Liga de Combate ao Câncer, mantenedora e gerenciadora do “Dr. Erasto”, sob deplorável crise financeira, com dívidas impagáveis a Deus e ao Diabo na Terra do Sol.

Blog do Fiori.

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