O tsunami de escândalos no Ministério dos Transportes ainda não terminou e os incômodos ao casal ministerial, Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, não estão completamente superados. A revista IstoÉ da semana traz revelações. Mostra, por exemplo, que o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, pode ser tudo, menos um inocente que nada sabia sobre os subterrâneos do Ministério onde tinha um cargo chave. A matéria fala muito sobre a empreiteira Sanches e Tripoloni, que doou R$ 510 mil para a campanha ao Senado de Gleisi Hoffmann.
Já a revista Veja revela os bastidores da história de como foi amansado o diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que ameaçava tudo e todos, inclusive o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Bernardo, segundo os vazamentos de Pagot, antes de seus depoimentos no Senado e na Câmara, seria, na condição de ministro do Planejamento, o homem chave na questão dos aditivos e acertos com as empreiteiras. Nos depoimentos, Pagot afinou. Veja conta o que teria acontecido:
“As ameaças [de Pagot] mobilizaram o governo. O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, foi incumbido de demover Pagot de qualquer ideia extremista. Também vítima de insinuações maldosas por parte dos republicanos, o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, passou a defender a permanência de Pagot até que as denúncias de superfaturamento e cobrança de propina fossem devidamente esclarecidas. Apesar da determinação da presidente Dilma de afastar imediatamente toda a cúpula do ministério, Pagot era o único dos envolvidos no escândalo que continuava formalmente vinculado ao governo. Por fim, o diretor do Dnit, de férias, recebeu a garantia de que não haveria investigações pontuais contra ele. Satisfeito com as conquistas, Pagot, a fera enjaulada, apareceu no Congresso manso feito um gato.”
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