terça-feira, 26 de julho de 2011

É incrível: em 5 anos de lulalato, TCU encontra 80 mil indícios de irregularidades em contratos de 104 bilhões de reais

Os laranjas: reportagem mostra as falcatruas no sistema de compras do governo federal

Amigos, são estarrecedores – para dizer o mínimo — os números sobre irregularidades cometidas em órgãos do governo federal durante 5 dos 8 anos que durou o lulalato, obtidos com exclusividade por VEJA junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Pode-se dizer que “nunca antes neste país” houve tantas irregularidades em período tão curto. VEJA está publicando esta semana vasta reportagem intitulada “Pobres homens ricos”, mostrando as diferentes formas de fraudar os cofres públicos utilizadas por empresas que têm contratos de diferentes tipos com o governo federal. O título vem das pessoas humildes cuja identidade é utilizada para falcatruas em nome dos verdadeiros autores, os chamados “laranjas”.
Vou transcrever só um trecho da reportagem dos jornalistas Rodrigo Rangel, Paulo Celso Pereira e Hugo Marques:


Há duas semanas, o Tribunal de Contas da União concluiu a maior fiscalização já feita sobre os sistemas de compras do goveno federal. A investigação começou em abril do ano passado e analisou 142.525 contratos firmados pelo governo Lula entre 2006 e 2010 por órgãos públicos e empresas estatais.
O montante ultrapassa a cifra de 104 bilhões de reais. VEJA teve acesso ao relatório, cujos dados são uma radiografia de como a inventividade de maus empresários, somada à leniência dos órgãos públicos, leva o país a jogar fora boa parte dos impostos arrecadados com rigor draconiano de quem trabalha.
No total, o relatório apresenta mais de 80 mil indícios de irregularidades, que vão de contratos assinados fora do prazo permitido por lei à contratação de empresas de parlamentares, de licitações com empresas fichas-sujas à participação de funcionários públicos em negócios com empresas das quais são sócios, da farra de aditivos [aos contratos em vigor] ao uso de empresas-laranja para manipular licitações.

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