O ensino superior no Brasil vive momento de decadência incontestável. Em universidades vitimadas pelo descaso, alunos estudam em containers, acadêmicos se misturam a estudantes do ensino fundamental, voluntários lecionam sem receber, professores ministram aulas para várias turmas ao mesmo tempo, faltam mestres especialmente em cursos técnicos. O que falar então das precárias condições da estrutura material em vários pontos do país e da inexistência de laboratórios e outros equipamentos? Disso quase não se fala na imprensa e nas redes sociais. Mas neste momento fala-se, até mesmo sem a exata noção do que se trata, de projeto de lei apresentado pela Comissão de Infraestrutura do Senado, que tem ampla maioria governista. Pressionada em razão da falta de professores em determinados cursos técnicos, a CI propõe a contratação temporária de professores sem a exigência de títulos, desde que com notório saber e experiência. A assessoria do Senador Alvaro Dias sugeriu na Comissão de Educação alteração impondo a exigência de que sejam eles diplomados por instituições que tenham cursos de pós graduação e mestrado nas referidas áreas de conhecimento. A partir daí a desinformação campeou. O senador a ser considerado autor do projeto por alguns. Houve até quem insinuasse que ele estava a serviço das universidades privadas do país por ser seu suplente reitor de uma delas. Diante desses fatos, o senador Alvaro Dias assinou requerimento solicitando o retorno do projeto à Comissão de Educação para o seu reexame.
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