Carlos Chagas
A conclusão surge óbvia: o Brasil venceu. Com todo o
respeito aos australianos, tanto os que tentaram jogar um futebol
honesto quanto os que abusaram das caneladas e dos ponta-pés, ficou
clara a supremacia, não apenas do time do Felipão, mas, em especial, da
população que rejeitou a baderna nesse inesquecível Sete de Setembro,
isolando e deixando de apoiar os vândalos empenhados em tumultuar o
jogo. Tanto as arquibancadas que aplaudiram o selecionado brasileiro, no
Mané Garrincha, quanto as milhares de pessoas nas ruas do país inteiro,
em especial os que discordavam da escalação dos craques, todos
repudiaram ação da minoria de baderneiros dispostos a tumultuar o
feriado. Não foi uma vitória fácil, apesar do resultado. No Rio, puderam
romper as linhas da defesa e invadir parte da Avenida Presidente
Vargas. Em São Paulo, depredaram agencias bancárias e saquearam
patrimônio público. Em Maceió, conseguiram interromper a partida já na
prorrogação, em seus instantes finais. Assim no Brasil inteiro, quando
os protestos se fizeram sentir, mas na maioria das vezes, de forma
pacífica. As badernas não conseguiram sensibilizar a massa. Ficaram
isolados, como os beques australianos, aqueles poucos bandidos de cara
tapada e vestidos de preto.
Fica a lição desse dia inesquecível de ontem, em que o país real rejeitou o país radical, apesar das explosões. Nada contra os protestos da sociedade indignada diante dos desmandos e da incompetência dos donos dos estádios. Merecem, até, ser expulsos de campo. Mas tudo contra os que pretendem extinguir o esporte ignorando o que vão colocar em seu lugar. Talvez duelos de gladiadores.
Em suma, a população não apoiou os vândalos. Mostrou que mesmo discordando das instituições postas em frangalhos, recusa a fórmula do “quanto pior, melhor”. Aplaudiu a ação do juiz, ainda que desmoralizado, nas vezes em que ele interrompeu a partida para marcar falta, se um lado e de outro. A polícia muitas vezes exagerou, no combate à baderna. Mas merece elogios por não haver permitido o caos pretendido pelos anarquistas.
Fica a lição desse dia inesquecível de ontem, em que o país real rejeitou o país radical, apesar das explosões. Nada contra os protestos da sociedade indignada diante dos desmandos e da incompetência dos donos dos estádios. Merecem, até, ser expulsos de campo. Mas tudo contra os que pretendem extinguir o esporte ignorando o que vão colocar em seu lugar. Talvez duelos de gladiadores.
Em suma, a população não apoiou os vândalos. Mostrou que mesmo discordando das instituições postas em frangalhos, recusa a fórmula do “quanto pior, melhor”. Aplaudiu a ação do juiz, ainda que desmoralizado, nas vezes em que ele interrompeu a partida para marcar falta, se um lado e de outro. A polícia muitas vezes exagerou, no combate à baderna. Mas merece elogios por não haver permitido o caos pretendido pelos anarquistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário