Carlos Chagas
Dez anos no poder mudaram a face do PT. Foram para o
espaço os compromissos do partido de mudar o Brasil, promovendo
reformas antes prometidas pelo PTB de João Goulart e Leonel Brizola.
Onde anda, por exemplo, a reforma agrária? Alguém lembra, sequer, do
nome dos ministros do setor, no governo Lula? Ou, mesmo, no governo
Dilma? Até o MST sumiu. Não se tem notícia de qualquer plano ou
programa. O máximo que se relaciona com a terra refere-se ao
agronegócio, que vai muito bem, obrigado, cada vez mecanizando mais a
agricultura e desempregado o agricultor.
Da participação dos empregados no lucro das empresas, nem o Partido Comunista do Brasil, aliado do PT, trabalha em algum projeto. Sonho de noite de verão, assim como o salário-família, que devia ser universal e viu-se reduzido ao bolsa-família, restrito e insuficiente. A ilusão de remédios populares, produzidos por laboratórios estatais a preços módicos, terminou na farsa dos “genéricos”, cada vez mais caros. Pior a tentativa de organizar o sistema financeiro em torno de instrumentos estatais. Aconteceu o contrário, ou seja, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica é que aderiram ao modelo dos bancos privados, visando acima de tudo o lucro e esquecendo o financiamento aos pequenos comerciantes, prestadores de serviços ou profissionais de toda espécie.
Co-gestão? Nem pensar. O empregado preocupa-se em manter o emprego, ao sabor dos humores do patrão, sem saber que um dia, no passado, estaria garantido depois de trabalhar dez anos na mesma empresa, quando adquiria estabilidade.
Dar poder aos sindicatos já foi objetivo social e político de importância, mas bastou os companheiros ocuparem o palácio do Planalto para esvaziarem a representatividade dos organismos de classe. Onde anda a CUT, por exemplo? Os metalúrgicos do ABC dispõem de que espaços para reivindicar melhoria salarial?
Ensino gratuito e de qualidade em todos os níveis, prestado pelo estado, seria alternativa capaz de dar dignidade e remuneração compatível aos professores, mas aí está a prevalência das custosas escolas privadas. Bem como a deterioração das públicas.
Transportes populares eficientes faziam parte das reformas de base, bem como serviços baratos de água, saneamento e energia. Hoje custam os olhos da cara, quando não faltam.
Em suma, e ainda que as populações menos favorecidas tenham em parte alçado de patamar, o programa das reformas de base empacou, apesar da propaganda. Viu-se substituído pelos benefícios concedidos às elites.
Da participação dos empregados no lucro das empresas, nem o Partido Comunista do Brasil, aliado do PT, trabalha em algum projeto. Sonho de noite de verão, assim como o salário-família, que devia ser universal e viu-se reduzido ao bolsa-família, restrito e insuficiente. A ilusão de remédios populares, produzidos por laboratórios estatais a preços módicos, terminou na farsa dos “genéricos”, cada vez mais caros. Pior a tentativa de organizar o sistema financeiro em torno de instrumentos estatais. Aconteceu o contrário, ou seja, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica é que aderiram ao modelo dos bancos privados, visando acima de tudo o lucro e esquecendo o financiamento aos pequenos comerciantes, prestadores de serviços ou profissionais de toda espécie.
Co-gestão? Nem pensar. O empregado preocupa-se em manter o emprego, ao sabor dos humores do patrão, sem saber que um dia, no passado, estaria garantido depois de trabalhar dez anos na mesma empresa, quando adquiria estabilidade.
Dar poder aos sindicatos já foi objetivo social e político de importância, mas bastou os companheiros ocuparem o palácio do Planalto para esvaziarem a representatividade dos organismos de classe. Onde anda a CUT, por exemplo? Os metalúrgicos do ABC dispõem de que espaços para reivindicar melhoria salarial?
Ensino gratuito e de qualidade em todos os níveis, prestado pelo estado, seria alternativa capaz de dar dignidade e remuneração compatível aos professores, mas aí está a prevalência das custosas escolas privadas. Bem como a deterioração das públicas.
Transportes populares eficientes faziam parte das reformas de base, bem como serviços baratos de água, saneamento e energia. Hoje custam os olhos da cara, quando não faltam.
Em suma, e ainda que as populações menos favorecidas tenham em parte alçado de patamar, o programa das reformas de base empacou, apesar da propaganda. Viu-se substituído pelos benefícios concedidos às elites.
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