Lançado
em 2009, o programa Minha Casa Minha Vida do governo federal já
consumiu R$ 134,5 bilhões para fazer 2,1 milhões de casas populares, mas
apenas o primeiro milhão foi distribuído. Programa subsidiado, o Minha
Casa Minha Vida prevê que o governo arque com uma parte das prestações e
o beneficiado banque o restante. O valor das parcelas é calculado com
base na renda de cada família. No papel, tudo certo. Na realidade, tudo
mais ou menos. Dados obtidos pela revista Veja e apresentados na edição
deste fim de semana revelam que o índice de inadimplência na faixa de
financiamento que inclui participantes com renda mensal mais baixa, até
R$ 1.600, está em 20%. Segundo afirma a revista, este é um número dez
vezes maior que a média dos financiamentos imobiliários no Brasil e 4
pontos mais alto que a porcentagem de atrasos em pagamento de hipoteca
nos Estados Unidos em 2007, quando se acentuou a crise que serviu de
gatilho para a pior recessão desde o fim da II Guerra Mundial.
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