Augusto Nunes
“O ministro falou em sua fala inicial sobre a democracia em Cuba. Senhor ministro, em Cuba não temos uma democracia, temos uma ditadura”, discursou o médico Carlos Rafael Jorge Jiménez na tribuna da Câmara dos deputados nesta quarta-feira. Convidado a falar sobre o programa Mais Médicos, o cubano naturalizado brasileiro preferiu, entre vaias e aplausos, expor as mazelas do governo dos irmãos Castro, do qual fugiu há 12 anos.
Depois de elogiar a formação dos cubanos e o programa Mais Médicos – “o Brasil precisa por causa do descuido total das autoridades do país com a saúde do povo” –, Jiménez denuncou o sistema de trabalho desses profissionais na ilha caribenha: “Senhores, vocês sabem quantas horas trabalha um médico cubano por semana? Entre 60 e 70 horas. E sabe quanto ganha por mês? Entre 60 e 70 reais”, contou. “É uma vergonha que médicos ganhem isso. Por isso, quando vêm para cá eles chegam muito felizes porque ganharão 200, 300 dólares. O resto quem vai embolsar é o patrão, o explorador. E quem é o patrão? O explorador? É o governo cubano, são os irmãos Castro, a ditadura cubana que os explora. Por que eles não vêm como os outros? Por que não ganham seu salário integral? Por que não têm direito a entrar e sair quando quiserem? Por que não podem pedir asilo político? Porque é um convênio entre o governo brasileiro e o governo cubano. E quem apoia o governo de Castro suja as suas mãos de sangue. Tanto o PT quanto todos vocês”.
A realidade que Jiménez expôs não é novidade. Mas Alexandre Padilha e Dilma Rousseff ainda fingem ignorar.
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