quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Deputados desafiam Henrique Alves a decretar perda de mandato de Donadon

Se Alves está tão desolado com o caso, deveria decretar a perda de mandato

Após a decisão liminar do ministro Luís Roberto Barroso, que anulou a sessão em que a Câmara dos Deputados se recusou a cassar o mandato do deputado Natan Donadon, , vários deputados passaram a pressiona o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) use de suas prerrogativas para decretar imediatamente a perda de mandato do deputado de Rondônia, que se encontra preso por corrupção na penitenciária da Papuda.
O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), discorda da posição de Henrique Alves de esperar a votação pelo plenário do STF para definir o futuro de Donadon. “Achei que foi uma decisão equivocada. Foi dada a chance de corrigir um erro da Câmara e, portanto, demonstrar que a Casa percebe o sentimento da nação e está em sintonia com a sociedade. Se já temos uma decisão liminar que concede ao presidente da Câmara a possibilidade de corrigir o erro, tínhamos que ter feito isso hoje mesmo”, contestou.
A medida, contudo, tem oposição de petistas e de outros partidos, como o PSB, que agora defendem esperar a decisão final do STF. Essa atitude poderá aplicada também no caso dos deputados condenados no mensalão, semelhante ao de Donadon. Para o deputado Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), o correto seria que a Mesa Diretora tivesse autorizado a perda no primeiro momento, antes do caso ser pautado no plenário. Na opinião do tucano, a resistência de petistas e outros partidos mostra claramente que o objetivo principal é blindar os mensaleiros.
“O voto secreto é para blindar parlamentares que infelizmente não têm compromisso com a sociedade e desgastam cada vez mais o Legislativo”, apontou. O deputado defende urgência na votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto aberto, que dá transparência sobre a posição de cada parlamentar na hora da votação. “Estão fazendo um jogo de empurra. O ministro tomou uma decisão sensata”, declarou.

Diário do Poder

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