Alvaro Dias
“O
governo Dilma, com sua política creditícia de difícil compreensão, que
transforma o BNDES em verdadeira fábrica de superávit primário,
compromete objetivos essenciais de geração de emprego no nosso País com
financiamento de projetos de empresas médias e grandes, assim como os
empréstimos de risco e com tarja de sigilosos a outros países colocam em
perigo a estabilidade financeira de um banco que, aliás, há muito
deixou de exercer função social”. Esta crítica foi feita pelo senador
Alvaro Dias, na sessão desta quarta-feira, ao relatar a audiência
realizada ontem, na CAE, com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
Alvaro Dias enumerou as críticas que fez à atuação do banco, e seus
questionamentos a Coutinho, tanto sobre os desvios de finalidade da
instituição como acerca dos motivos para que sejam tachados de sigilosos
empréstimos feitos a outros países. “Os empréstimos a outros países já
superam a casa de US$ 9 bilhões nos últimos anos. O presidente do BNDES
assevera que são realizados com o objetivo de exportarmos bens e
serviços e tecnologia, mas sabemos que são empréstimos para a construção
de obras no exterior, e com a tarja de secretos. Coutinho justificou
que a legislação daqueles países exige que o empréstimo seja concedido
sigilosamente. É inacreditável que o governo brasileiro proceda dessa
forma, respeitando a legislação de outros países e ignorando a nossa,
que estabelece o dever da transparência nos atos da administração
pública. Portanto, não caberia ao Brasil aceitar conceder empréstimos
nessas condições. Nada pode ser secreto, especialmente empréstimos de
valores significativos a países como Cuba e Angola, em detrimento do
interesse nacional”, afirmou.
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