segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Críticas aos empréstimos secretos e financiamento dos grandes grupos

Alvaro Dias

“O governo Dilma, com sua política creditícia de difícil compreensão, que transforma o BNDES em verdadeira fábrica de superávit primário, compromete objetivos essenciais de geração de emprego no nosso País com financiamento de projetos de empresas médias e grandes, assim como os empréstimos de risco e com tarja de sigilosos a outros países colocam em perigo a estabilidade financeira de um banco que, aliás, há muito deixou de exercer função social”. Esta crítica foi feita pelo senador Alvaro Dias, na sessão desta quarta-feira, ao relatar a audiência realizada ontem, na CAE, com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Alvaro Dias enumerou as críticas que fez à atuação do banco, e seus questionamentos a Coutinho, tanto sobre os desvios de finalidade da instituição como acerca dos motivos para que sejam tachados de sigilosos empréstimos feitos a outros países. “Os empréstimos a outros países já superam a casa de US$ 9 bilhões nos últimos anos. O presidente do BNDES assevera que são realizados com o objetivo de exportarmos bens e serviços e tecnologia, mas sabemos que são empréstimos para a construção de obras no exterior, e com a tarja de secretos. Coutinho justificou que a legislação daqueles países exige que o empréstimo seja concedido sigilosamente. É inacreditável que o governo brasileiro proceda dessa forma, respeitando a legislação de outros países e ignorando a nossa, que estabelece o dever da transparência nos atos da administração pública. Portanto, não caberia ao Brasil aceitar conceder empréstimos nessas condições. Nada pode ser secreto, especialmente empréstimos de valores significativos a países como Cuba e Angola, em detrimento do interesse nacional”, afirmou.

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