Presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, negou nesta segunda-feira ter defendido a convocação de José Dirceu ou Rogério Buratti pela CPI do Cachoeira. “Jamais tive a vontade de manifestar a intenção de que a CPI convoque essas pessoas”, disse.
Na última semana, a Folha
procurou Okamotto para que ele comentasse a disposição de parlamentares
da oposição de ouvirem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre
declarações dadas por um petista em outra CPI: a dos Bingos. Na
ocasião, Buratti disse que a campanha de Lula em 2002 recebeu R$ 1
milhão de Cachoeira e de “empresários de jogos de São Paulo e Rio de
Janeiro”.
“Buratti tá dizendo que o Lula recebeu?”, questionou.
“Isso. Que foi pra campanha do Lula”, respondeu a reportagem da Folha.
“E quem teria recebido o dinheiro?”, voltou a questionar Okamotto.
“O senhor José Dirceu”.
“Então tem que chamar o Zé Dirceu, o Buratti, o Cachoeira. Se tem fundamento o que ele tá falando chama quem tem que chamar, né”, afirmou Okamotto à Folha na semana passada, em conversa gravada.
“Buratti tá dizendo que o Lula recebeu?”, questionou.
“Isso. Que foi pra campanha do Lula”, respondeu a reportagem da Folha.
“E quem teria recebido o dinheiro?”, voltou a questionar Okamotto.
“O senhor José Dirceu”.
“Então tem que chamar o Zé Dirceu, o Buratti, o Cachoeira. Se tem fundamento o que ele tá falando chama quem tem que chamar, né”, afirmou Okamotto à Folha na semana passada, em conversa gravada.
Nesta
segunda-feira, Okamotto disse que “isso não quer dizer que sou a favor
que eles voltem à CPI”. “Eu, normalmente não falo sobre terceiros.”
Okamotto disse ainda que “não é assessor do Lula” e que “não responde
pelo ex-presidente nas coisas particulares dele”.
CPIs
Criada em 2005 também para investigar Cachoeira, a CPI tinha maioria governista, o que dificultou aprofundar a investigação, segundo o relator da comissão, o ex-senador Efraim Morais (DEM-PB).
Criada em 2005 também para investigar Cachoeira, a CPI tinha maioria governista, o que dificultou aprofundar a investigação, segundo o relator da comissão, o ex-senador Efraim Morais (DEM-PB).
Diz
o texto da CPI dos Bingos: “Rogério Tadeu Buratti afirmou de maneira
firme e clara que o senhor Waldomiro Diniz, representando José Dirceu,
arrecadou dinheiro de ‘bingueiros’ no Estado do Rio de Janeiro, e ainda
da Gtech e do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, e que o valor arrecadado por Waldomiro seria algo em torno
de R$ 1 milhão.”
No
total, segundo o relatório, “empresas de jogos” irrigaram “a campanha
do presidente Lula e o PT” com R$ 2 milhões de reais. “Os recursos
transitaram pelo comitê financeiro da campanha.”
(…)
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