Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
No pedido, o procurador da República
Oscar Costa Filho levou em consideração os resultados do inquérito
policial que apontou que o vazamento não ficou restrito a 14 itens e
envolveu um número maior de escolas do que se imaginava inicialmente. O
procurador também pediu à Justiça Federal a anulação de seleções feitas
para o segundo semestre de 2012, que usaram notas do Enem.
Em outubro de 2011, foi instaurado
inquérito policial para apurar a autoria do vazamento de questões da
prova do Enem do ano passado. De acordo com o MPF, foi constatado que
alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso antecipado a
14 questões que constavam do exame. Os itens estavam em uma apostila
distribuída pela escola semanas antes da aplicação do Enem. As questões
vazaram da fase de pré-testes do exame, da qual a escola participou em
outubro de 2010.
Após a descoberta da fraude, o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep) decidiu anular 14 questões que vazaram, mas apenas para o
estudantes da escola de Fortaleza. Em março deste ano, o MPF no Ceará
apresentou denúncia à Justiça Federal contra cinco pessoas pelo
envolvimento no vazamento de questões, entre elas duas representantes
do Inep, uma representante da Cesgranrio e dois funcionários do Colégio
Christus.
Se a Justiça Federal aceitar a ação civil pública do MPF, o
Ministério da Educação informou que recorrerá por meio da
Advocacia-Geral da União (AGU).
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