sexta-feira, 25 de abril de 2014

Administrações do PT e do PDT afundaram Londrina

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De 2000 a 2013, alguns dos principais municípios do Paraná viram suas plantas industriais crescerem mais de 80%. É o caso de Foz do Iguaçu, de Cambé e de Cascavel. Outros, como Curitiba e Maringá, observaram um crescimento no número de indústrias próximo a 50% neste período. E Londrina, para variar, ficou bem aquém dos demais, destaca reportagem da Folha de Londrina.
Na cidade, havia 1.726 fábricas em 2000 e 2.216 em 2013: aumento de apenas 28%. O levantamento foi feito com base no número de contribuintes no site da Secretaria do Estado da Fazenda. No ranking estadual, a segunda maior cidade é a 20ª entre as que mais se industrializaram, resultado das administrações de PT e PDT na Prefeitura.

No início do período analisado, Londrina tinha a segunda maior planta do Estado, com 200 indústrias a mais que Maringá. Desde 2006, as posições se inverteram e Londrina agora conta com 100 indústrias a menos que a Cidade Canção. A industrialização é o tema do ano do Fórum Desenvolve Londrina, formado por mais de 30 entidades e empresas. Hoje, às 8h30, na Associação Médica de Londrina (AML), toma posse o novo presidente do Fórum, o economista e diretor da PUC Londrina, Charles Vezozzo.
Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que a indústria da transformação na cidade começou 2014 bem devagar. De janeiro a março, foram criadas apenas 68 novas vagas no setor. Já, em Cascavel, o saldo do emprego industrial foi de 380 e, em Maringá, de 970, ou seja, 14 vezes maior que o de Londrina.
“São quase duas décadas perdidas na industrialização da cidade”, aponta o consultor da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Marcelo Mafra. Segundo ele, falta planejamento não só para o setor, mas para a economia como um todo, que se desenvolve de “forma inercial”.
Ele lembra que, na década de 1990, quando o País vivia uma situação econômica pior que a atual, as lideranças de Londrina criaram o Plano de Desenvolvimento Industrial (PDI), que o Poder Público nunca colocou em prática. “O PDI foi engavetado. Assim que ficou pronto o projeto era para o Município ter criado a lei do plano e a agência de desenvolvimento, mas nada aconteceu”, lamenta.
De acordo com o consultor, a realidade da indústria em Londrina seria “bem melhor”, caso o projeto tivesse sido levado adiante. Mafra, que deu palestra sobre o tema em reunião do Fórum Desenvolve, diz que “70%” do PDI ainda podem ser aproveitados. Ele defende a atualização do trabalho. “Dá para aproveitar muita coisa, adaptar a metodologia para os dias de hoje”, alega.

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