A Polícia Federal concluiu nesta terça-feira (15) o relatório final da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de lavagem de dinheiro chefiado pelo doleiro Alberto Youssef, preso há três semanas no Paraná. O esquema movimentou ilegalmente R$ 10 bilhões.
Além de Youssef, foram presas 14 pessoas envolvidas no esquema. Outro detido na operação é o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. A investigação diz que ele ajudou uma empresa de fachada de Youssef a fechar um contrato milionário com a estatal.
Quatro relatórios foram entregues à Justiça Federal do Paraná. A PF indiciou 46 pessoas pelos crimes de formação de organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, entre outros.
No total, foram cumpridos 105 mandados de busca e apreensão, 19 de prisão preventiva e 12 de prisão temporária. E dois doleiros foram indiciados por financiamento ao tráfico de drogas.
Ainda de acordo com a PF, foram apreendidos R$ 6 milhões em dinheiro e 25 carros com valor de mercado superior a R$ 100 mil cada.
Na fase de investigação, a Polícia Federal descobriu a estreita relação entre Youssef e o deputado André Vargas (PT-PR).
Vargas é considerado sócio informal do doleiro. Pressionado, ele chegou a dizer que renunciaria ao mandato nesta terça. Acabou recuando. Disse que está “reestudando” o caso.
Ainda poderão ser apresentados complementos aos relatórios finais a partir do estudo do material apreendido e não analisado.
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