sexta-feira, 25 de abril de 2014

Financiado por Dilma, porto no Uruguai prejudicará Paranaguá


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O financiamento por parte do BNDES do Porto das Rochas, um megaempreendimento no Uruguai, tem tudo para ser mais um duro golpe contra o Paraná, estado já fortemente prejudicado pelo descaso de ações do governo federal. Caso se concretize, a obra fará concorrência direta com portos da região Sul do Brasil, em especial o maior deles, Paranaguá, cuja capacidade seria metade do irmão uruguaio.
Enquanto Pepe Mujica, presidente uruguaio, comemora a notícia dando declarações de que 80% da construção será financiada pelo Brasil, a Secretaria dos Portos do governo federal garante tudo não passa de um apoio técnico. Em nota, o BNDES reiterou que não está analisando nenhum pedido de financiamento uruguaio. Até o momento, o Itamaraty não confirmou nem negou a informação.
Segundo a revista Amanhã, a ideia de um financiamento brasileiro para a construção do Porto das Rochas está sendo fortemente criticada pelo setor de logística. Mesmo um simples “apoio técnico” não é visto com bons olhos por dirigentes do setor, que vem sofrendo com a falta de um sistema de ramais aquaviários adequado, além de enfrentarem inúmeros obstáculos – impostos pelo próprio governo federal – de infraestrutura para a sua expansão.
“Existem questões técnicas e legais que estão trancando o processo de expansão. Faltam serviços de dragagem, os custos são elevados, existe muita burocracia. Enfim, uma montanha de problemas e o que nos aparece? Um porto que vai competir com os da região sul e sendo financiado pelo governo”, dispara Wilen Manteli, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP).
De acordo com Manteli, caso a construção do terminal de Rocha se confirme, não só Paranaguá (PR), mas também os portos de Itajaí (SC) e Rio Grande (RS) terão seu papel modificado na rota comercial internacional,
“A tendência é virarem apenas meros portos auxiliares, pois os navios de longo curso vão acabar aportando no terminal uruguaio. Afinal, estarão perto da África e da Ásia, onde há muito potencial de comércio”, prevê

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