terça-feira, 3 de setembro de 2013

Agentes penitenciários fazem protesto em frente ao Palácio Iguaçu

Passando a Limpo: tive a honra de participar de várias reuniões, na sala de Presidência da Câmara Municipal de Curitiba, com representantes dos Agentes Penitenciários, onde há 4 anos atrás, eles já demonstravam a sua insatisfação com o tratamento recebido pelo governo do estado e pelas condições das penitenciárias do Paraná. Conheci de perto essa classe trabalhadora e aprendi a respeitá-los. Após várias reuniões com deputados estaduais, com o governador Beto Richa, com a Secretaria de Justiça e ao que parece muito pouco foi feito. Força pessoal, o blog esta a disposição de voces!

Manifestantes prometem ficar acampados no local até a realização de reunião com o governador. Expectativa é de que 300 pessoas participem das manifestações nesta terça-feira (3)
  Antonio Senkovski  Representantes dos agentes penitenciários do Paraná acampam em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, em Curitiba. Eles prometem ficar no local até que o governador os receba em uma reunião para debater melhorias nas prisões do estado. Ônibus de oito cidades devem chegar ao local durante o dia e a expectativa é de que pelo menos 300 pessoas participem das manifestações, que podem durar vários dias.
Durante esta manhã, cerca de 100 pessoas tomavam um café da manhã enquanto distribuíam panfletos com as principais bandeiras da categoria. Os atos são coordenados pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen). O vice-presidente da entidade, Antony Johnson, cita que a situação dos presídios é caótica. Ele diz que a principal reivindicação prioritária da categoria já não é por aumento salarial, mas por melhores condições de trabalho.

“Queremos sistema prisional mais seguro e humano. Sistema penitenciário é muito grave, preciso de um investimento pesado para que haja condições. Caso não haja reunião com o governo, podemos chamar assembleia geral aqui mesmo. Nossa previsão é permanecermos aqui uma semana, até uma semana e meia.”
Johnson diz que apenas os agentes de folga participam do protesto. Os outros continuam em seus postos e passam a aplicar uma operação-padrão nas unidades prisionais de acordo com a cartilha de segurança. “Hoje, o agente penitenciários carrega o piano sozinho, faz o serviço de três ou quatro e recebe o salário de um.”
O vice-presidente do sindicato relata que por seguir à risca o manual, serviços nos presídios ficarão prejudicados. “Os procedimentos serão diminuídos para manter a segurança de todos. Vamos manter o pátio de sol e a alimentação. Vai ficar prejudicada a escola dos presos e os advogados que forem atender os presos, vai demorar um pouco. Ele vai falar com o cliente, mas vai demorar”, previne.
O dirigente diz que o estado atualmente tem 3 mil agentes, mas, segundo ele, seria necessário pelo menos 4,5 mil para dar conta das demandas nas unidades carcerárias. Nesse aspecto está uma das reclamações mais concretas do grupo, a realização de um concurso público. “Queremos um aumento na gratificação de risco e um concurso público, precisamos de mais 1,5 mil agentes. Temos que acabar com os desvios de função e ter a implementação do porte de arma para os agentes”.
Violência contra agentes
Entre fevereiro e março deste anos, diversos casos envolvendo agentes penitenciários foram registrados, entre eles duas mortes. No dia 18 de março, um agente penitenciário de 47 anos foi assassinado no bairro Boa Vista, em Curitiba. Pouco antes, no dia 13 do mesmo mês, outro membro da categoria, de 35 anos, foi assassinado com 11 tiros, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Ainda em março, no dia 11, uma agente de 43 anos foi atingida por um tiro, no Xaxim, em Curitiba. Algumas semanas antes, no dia 25 de fevereiro, no Pilarzinho, um agente foi atingido por um tiro dentro da casa dele. Ele foi levado para um hospital e se recuperou. Dois homens seriam os responsáveis pelo crime.

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