A
presidente da República, Dilma Rousseff, e o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB), foram alvo de protestos durante cerimônia em Água Branca, no
sertão de Alagoas, a 296 km de Maceió.
Dilma
visitou o município para inaugurar um trecho do Canal do Sertão, obra que se
arrasta desde 1992.
A
presidente discursou durante pouco mais de 26 minutos sob o som de apitos.
Manifestantes,
que disseram não pertencer a nenhum grupo político, carregavam faixas e
cartazes com dizeres como "Dilma, traidora. De oprimida a opressora",
"Dilma, seja bem vinda à terra do coronel", "Honestamente, nunca
se mentiu tanto".
Os
manifestantes também gritavam "Alagoas, pior Estado do Brasil" e
"Alagoas, Estado de ladrão".
"A
gente protesta contra essa mentira porque a gente sabe que esse canal vai
servir para a agroindústria", disse o professor José Londe, um dos
manifestantes.
Ele fez
críticas diretas a Dilma e Calheiros. "Renan Calheiros, que representa
Alagoas no Senado é um verdadeiro sanguessuga. Dilma deixou a luta, abraçou o
capital internacional e o capital nacional. A Dilma é uma vergonha para o
Brasil", disse o professor, que era apoiado por outros cerca de 15
manifestantes.
O
governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), também foi vaiado e pelo
menos um dos cartazes era contra ele. "Téo, se o papa conseguiu, você
também consegue. Renuncie!!!".
Protestos
também foram realizados antes da chegada da presidente. Duas rodovias foram
bloqueadas pela população que pedia a pavimentação de um trecho de BR-316.
Em seu
discurso, a presidente prometeu pavimentar o trecho da estrada.
Agricultores
também protestaram. Eles colocaram cabeças de gado na estrada, na entrada da
cidade, e distribuíram um manifesto pedindo o perdão das dívidas que têm com o
Banco do Nordeste.
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