Eduardo Santana
Gerson Klaina |
---|
Dona Maria com a companheira: foi a cachorra que escolheu a dona. |
A relação entre as duas começou há pouco mais de dez anos, quando, num dia qualquer, Dona Maria seguia de manhã cedo para a mercearia e, quando percebeu, estava sendo seguida por cão de rua, de cor branca e cara de poucos amigos. “Foi um dia, foram dois dias, quando eu vi já tinha se passado duas semanas e ela estava junto, indo e voltando comigo todos os dias do trabalho”, conta a amiga da Paquita.
Quando percebeu que o cachorro seria sua companhia diária, Dona Maria resolveu adotar de vez o animal, que foi apelidada de Paquita por sua nova proprietária. No início, Dona Maria tentou acolher Paquita para dentro de casa, nas segundo a dona, a cadela não se acostumou com o conforto de um lar. “Foi aí que percebemos que ela era de fato um cachorro de rua, pois não adequava dentro de casa. Então tentamos construir uma casinha fora do portão, mas não pudemos porque a Copel ameaçou corta minha luz alegando que abrigos para cachorros só poderiam ser colocados do lado de dentro do portão, por questões de segurança”, revela Dona Maria.
A solução foi construir uma casa avulsa, que é colocada diariamente no lado de fora do portão da Dona Maria para que Paquita pudesse aproveitar o sono dos anjos do céu dos cachorros. “Ela não fica dentro de casa. Não adianta, então tivemos que armar essa solução para que a gente pudesse aproveitar a companhia da Paquita”, afirma.
Com o passar dos anos, a cadela Paquita acabou se tornando uma das atrações da rua. As crianças passam pela mercearia da Dona Maria para brincar com o animal quase que diariamente. Segundo a dona do cachorro, um representante de vendas que atende o comércio da região cumprimenta a cadela semanalmente. “Ele me atende e quando vai embora dá tchau pra Paquita. Ela levanta a pata e cumprimenta o vendedor com toda a educação do mundo”, explica Dona Maria.
“É uma verdadeira amiga. Nesses dez anos passei por muita coisa, inclusive pela perda do meu marido, e a cachorrinha estava sempre do meu lado. Sem reclamar de nada, apenas me fazendo companhia. Ela foi um presente de Deus e espero que ela continue comigo por muitos anos”, completa Dona Maria, a dona e amiga da Paquita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário