Não encerra o episódio
a pronta reação da presidente Dilma ao demitir altos funcionários
federais apontados como corruptos pela Polícia Federal. É preciso que a
Justiça se pronuncie. E que a primeira instância siga o exemplo do
Supremo Tribunal Federal e comece a distribuir penas de cadeia para os
vigaristas, claro que dando-lhes todo o direito de defesa. Mais cedo do
que se imaginava, com a Operação Porto Seguro, surgiu o contraponto da
atuação da mais alta corte nacional. O exemplo tem que ser seguido.
Da mesma forma como o
Executivo e o Judiciário participam dessa campanha contra a corrupção,
torna-se necessário que o Legislativo faça a sua parte. Aí está a
oportunidade para a Câmara dos Deputados demonstrar sua integração
nesses novos tempos: Waldemar Costa Neto, patrono do PR, está condenado
pelo Supremo e agora aparece com figura exponencial nas investigações e
conclusões da Polícia Federal. Faz até o papel de ligação entre o
mensalão e o mais recente escândalo investigado. Por que não abrir
contra ele processo no Conselho de Ética da Câmara, se possível também
contra os demais deputados condenados no STF? Por que não cassar seus
mandatos?
O PUNHAL
Pela segunda vez o
ex-presidente Lula declara ter sido apunhalado pelas costas. Primeiro
foi quando, no exercício do poder, estourou a crise do mensalão.
Agora, quando são surpreendidos em flagrante de corrupção a chefe do
gabinete da presidência da República em São Paulo, mais a segunda
autoridade da Advocacia Geral da União, diretores de Agências
Reguladoras, empresários e penduricalhos.
No mínimo, o primeiro
companheiro descuidou-se. Afinal, se não sabia, pelo menos poderia
ter-se precavido contra o punhal de seus partidários. Ninguém se
aproxima da vítima, mesmo pelas costas, sem dar alguns sinais de suas
criminosas intenções.
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