Oposição quer demissão da presidenta Graça Foster após denúncia que atinge cúpula
O escândalo de corrupção na Petrobras ganhou mais um capítulo decisivo nesta sexta-feira. A geóloga Venina Velosa da Fonseca, funcionária de carreira da maior estatal brasileira desde 1990, perdeu seu emprego na tentativa de avisar a atual diretoria da empresa sobre os ilícitos investigados pela Operação Lava Jato, revelou reportagem do jornal Valor Econômico.
Rica em detalhes, a matéria dá conta de que Venina informou, desde 2008 até este ano, vários diretores da empresa, entre eles a atual presidenta da companhia, Graça Foster, e seu antecessor, José Sérgio Gabrielli, sobre suspeitas de malfeitos na diretoria de Abastecimento, então dirigida por Paulo Roberto Costa, preso na operação da Polícia Federal.
E o que ganhou a funcionária por tentar proteger a empresa que até outro dia era motivo de orgulho para seus funcionários? Antes de ser afastada, no mês passado, após auditorias internas na estatal, a ex-gerente da Petrobras foi enviada para o escritório da petroleira em Cingapura, em 2010, onde teria sido instruída a não trabalhar e aconselhada a fazer um curso de especialização.
Meses depois, Venina enviou uma mensagem para Graça Foster dizendo que “do imenso orgulho que eu tinha pela minha empresa passei a sentir vergonha”.
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