segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Dilma e seus ministros já receberam metade do 13º salário — os aposentados, não







No mês passado, o governo federal pagou metade do 13º salário dos servidores da União, mas adiou o adiantamento dos salários dos aposentados, previsto para agosto






 a presidente Dilma Rousseff e os ministros da área econômica já receberam, 
em julho, 50% de suas remunerações extra. No mês passado, o governo federal
 pagou metade do 13º salário dos servidores da União, o que inclui a presidente
 e sua equipe econômica.
Na folha de junho, paga em julho, consta o pagamento de 15.467 de reais a título
 de gratificação natalina para a presidente, de acordo com dados consultados no
 Portal da Transparência pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da
 Agência Estado.
O valor corresponde à metade da remuneração bruta da presidente, que é
 de 30.934 reais mensais. O restante do 13º de Dilma e do funcionalismo deverá 
ser pago em dezembro. Os mesmos 15.467 reais foram pagos para o
 ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a título de gratificação natalina. O ministro 
é um dos principais opositores à antecipação do pagamento para 
os aposentados, por conta das dificuldades de caixa enfrentadas pelo governo.

Responsável pelo orçamento da União, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, 
recebeu um pouco mais, 15.559 reais, porque acumula o salário de
 ministro com o de professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, que também é técnico 
concursado do órgão, ganhou 15.526 reais. Já o ministro do Trabalho,
 Manoel Dias, que acumula também a remuneração de auditor fiscal, 
recebeu 16.881 reais de antecipação do 13º salário.
De acordo com o Ministério do Planejamento, o pagamento antecipado de
 metade do 13º aos servidores da União em junho é previsto em um decreto de 1994, 
do então presidente Itamar Franco. Segundo o órgão, foram gastos 3,4 bilhões 
de reais em junho com a antecipação.
No caso dos aposentados da Previdência Social, em 2006 foi feito um acordo 
entre o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as centrais sindicais
 para o pagamento de parte da gratificação natalina em agosto.
Neste ano, porém, o governo havia decidido não fazer o pagamento 
antecipado por conta das dificuldades enfrentadas para fechar as contas.
 Recuou por conta do desgaste político e procura uma solução para fazer o pagamento a partir de setembro.
No ano passado, a Previdência gastou 13,9 bilhões de reais para esse pagamento.
 Ao todo, mais de 27 milhões de beneficiários receberam a antecipação.
(Com Estadão Conteúdo)

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