Fábio Campana
Principal cliente de José Dirceu, a EMS Participações virou líder do mercado de genéricos em 2007, uma espécie de Friboi do mercado farmacêutico. A data coincide com a gestão de Agnelo Queiroz como diretor da Anvisa, onde ficou por três anos. Até hoje, a EMS recebeu mais de R$ 270 milhões em empréstimos diretos do BNDES. O laboratório abriu uma filial em Portugal – sim, lá mesmo – e é dona das marcas Legrand e Germed.
Em março, a Anvisa negou-lhe o certificado de boas práticas. A decisão foi tomada depois que uma fiscalização no almoxarifado da empresa em Hortolândia descobriu graves problemas de armazenamento. A vigilância sanitária interditou o local e proibiu também a comercialização de dois de seus principais medicamentos: os antibióticos amoxicilina e a rifamicina.
No caso da amoxicilina, a fiscalização descobriu que o antibiótico estava sendo fabricado fora das especificações – o que poderia alterar sua eficácia – e determinou o recolhimento dos lotes produzidos a partir de 2013. Não foi a primeira vez. A EMS também já foi punida por problemas na produção do anticoncepcional Contracep, cuja fórmula foi alterada sem autorização da Anvisa. Outros remédios da EMS também entraram na lista de produtos irregulares da Anvisa.
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