terça-feira, 29 de maio de 2012

Aprovado Programa de Prevenção às Drogas



“As crianças que estão por nascer serão fortes candidatas ao vício se não garantirmos informação sobre os malefícios das drogas.” O alerta foi feito pelo vereador Jair Cézar (PSDB), durante a sessão plenária desta segunda-feira (28). O parlamentar é autor do projeto, aprovado por unanimidade em primeiro turno, que cria o Programa de Prevenção às Drogas, Entorpecentes e Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids nas atividades das escolas da rede privada de ensino infantil, fundamental e médio de Curitiba. A ideia é estender à rede privada o programa já instituído por lei nas escolas da rede pública municipal, abrangendo alunos de todas as idades. “A drogadição é um dos mais significativos problemas da atualidade, e a sua incidência tem aumentado exponencialmente. Reflete no desequilíbrio não só dos viciados, mas também de familiares, sociedade e meio ambiente. Infelizmente, o consumo se tornou comum também por crianças”, destacou.
De acordo com Jair Cézar, o programa terá finalidade preventiva, educativa e de promoção do desenvolvimento psicossocial do jovem, dirigido aos alunos da rede particular de ensino, incluindo pais e professores, por meio de palestras e cursos para multiplicadores de prevenção. A proposta estabelece também a criação de ouvidorias para Assuntos Especiais a critério de cada instituição de ensino, destinadas a atender e orientar alunos, pais e professores.
Pela proposta, as instituições de ensino da rede privada poderão inserir em suas atividades curriculares oficinas, filmes, dinâmicas de grupo, debates e palestras de prevenção ao uso de drogas, alertando quanto ao uso, consequências, tipos de dependência, bem como os respectivos comprometimentos físicos, psicológicos, familiares e sociais, através de métodos didático-pedagógicos. “O programa poderá ser estendido também à comunidade, visando melhor alcance dos objetivos”, disse o vereador.
A programação deverá envolver os pais ou responsáveis, como estratégia de continuidade, através de mesa redonda, ou a forma que julgarem adequada, bem como a realização de minicursos de formação na área de prevenção às drogas e na área da saúde, ficando este trabalho a critério dos palestrantes e psicólogos, com o apoio da coordenação pedagógica da escola. Poderão ser envolvidas as Associações de Pais e Professores, bem como organizações comunitárias, visando a congregação de esforços e recursos para alcance dos objetivos.
Os materiais didáticos a serem utilizados pelas escolas deverão ser avaliados pela Coordenadoria e Conselhos Municipal e Estadual Antidrogas, direção geral e departamento pedagógico da escola, para que possam ser distribuídos. Pelo texto, a escola pode ainda utilizar o material didático elaborado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), que é especificamente direcionado aos pais, alunos, professores e comunidade. “A falta de esclarecimentos e informações inerentes ao assunto pode acarretar no envolvimento de inocentes. Podemos prevenir o consumo de entorpecentes, através da prestação de informações e de um trabalho conjunto com a comunidade, pedagogicamente orientado com grande alcance social”, finalizou.



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