Dos 54 deputados estaduais, 11 estão na lista dos investigados pela Polícia Federal, acusados de integrar o Esquema Gafanhoto. Ainda compõe a lista quatro deputados federais e três prefeitos de municípios paranaenses e dezenas de ex-deputados estaduais. A BandNews FM Curitiba teve acesso com exclusividade a um pedido de informação do delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula que investiga a fraude. Ele enviou um ofício à Assembleia Legislativa do Paraná em maio do ano passado para pedir informações sobre funcionários de 61 deputados e ex-deputados estaduais. O delegado afirma no documento que outro pedido de informação foi feito em 2008, quando as investigações do caso começaram, mas não houve resposta da administração da Casa na época. O delegado solicitou informações sobre o cargo de centenas de funcionários, a data de admissão e demissão e o quanto eles receberam do legislativo paranaense. A investigação é para apurar casos de peculato, estelionato e sonegação fiscal.
Os 11 deputados estaduais que aparecem na lista e que ainda estão na Assembleia são: Ademir Bier, Elton Welter (PT), Ademar Traiano (PSDB), Caíto Quintana (PMDB), Waldyr Pugliesi (PMDB), Nelson Garcia (PSDB), Edson Praczyk (PRB), Mauro Moraes (PSDB), Reni Pereira (PSB), Nereu Moura (PMDB) e Cleiton Kielse (PMDB). Os quatro deputados federais são citados são: André Vargas (PT), Hidekazu Takayama (PSC), Ratinho Júnior (PSC) e Luiz Nishimori (PSDB). Os três prefeitos em exercício que estão na relação da Polícia Federal são: Luciano Ducci (PSB – Curitiba), Barbosa Neto (PDT – Londrina) e Luiz Fernando Ribas Carli (PSDB – Guarapuava). A lista também tem o ex-governador Orlando Pessuti (PMDB), o presidente da Urbs Marcos Isfer (PPS), o vereador Algaci Túlio (PMDB) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná, Hermas Brandão (PSDB).
O documento mostra que há casos em que 16 funcionários da Assembleia Legislativa que recebiam os salários em uma mesma conta. Todos estavam lotados no gabinete do ex-deputado Antonio Carlos Baratter.
O ex-deputado Carlos Simões aparece quatro vezes na listagem. Há casos em que seis funcionários do gabinete do ex-parlamentar tinham os salários depositados em uma só conta. Outras duas contas recebiam os ganhos de quatro servidores cada uma. Ao todo, são 18 funcionários que podem ter tido os salários desviados.
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