Blog Fábio Campana
Gustavo Fruet, no calor dos protestos de policiais pelo Brasil afora, defendeu a PEC 300, proposta de emenda constitucional que unifica os pisos salariais dos PMs de todo o Brasil. Em 2010, no entanto, quando o governo petista usou a PEC 300 como promessa de campanha, e Fruet era contra o PT, o deputado criticou a proposta de um piso único nacional. Veja o que dizia Fruet:
“O Palácio do Planalto se equivocou ao interferir nas políticas salariais dos estados e municípios. Assim, o governo prepara uma bomba-relógio de efeito retardado para o próximo Congresso”.
Dizia ainda texto da assessoria de Fruet: Durante o período pré-eleitoral, segundo Fruet, a candidatura oficial prometeu o piso salarial dos policiais
sem conhecer a realidade de cada estado. “Foram feitas promessas usando o chapéu alheio”, afirmou. “O Palácio do Planalto não pode retirar a sua ausência do ônus, pois foi ele quem criou a confusão.”
Na mesma manifestação, Fruet dizia que a oposição iria apoiar a prorrogação da Lei Kandir e a PEC do Fundo de Erradicação da Pobreza, mas para que essas votações acontecessem era preciso que o governo retirasse o caráter de urgência dos projetos do pré-sal, ou que adiasse a votação da PEC 300.
Veja na íntegra o texto:
Oposição apoia a Lei Kandir
Para Gustavo Fruet, o governo federal faz promessas “com chapéu alheio”
Brasília (23/11/10) – O deputado federal Gustavo Fruet (PR) garantiu nesta terça-feira o apoio da oposição no Congresso à aprovação do projeto de lei que prorroga os repasses aos Estados previstos na Lei Kandir e da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estende por tempo indeterminado a vigência do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza.
Pela manhã, governadores eleitos de cinco estados já haviam se reunido com líderes da Câmara para discutir a votação dos dois projeto, considerados importantes pelos governos estaduais.
Os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de Minas Gerais, Antonio Anastasia (MG), participaram do encontro realizado em Brasília, que teve ainda presença de outros três governadores de partidos aliados ao Palácio do Planalto, deputados e senadores.
Para Fruet, “o Palácio do Planalto se equivocou ao interferir nas políticas salariais dos estados e municípios”, disse. “Assim, o governo prepara uma bomba-relógio de efeito retardado para o próximo Congresso”, condenou.
Durante o período pré-eleitoral, segundo Fruet, a candidatura oficial prometeu o piso salarial dos policiais sem conhecer a realidade de cada estado. “Foram feitas promessas usando o chapéu alheio”, afirmou. “O Palácio do Planalto não pode retirar a sua ausência do ônus, pois foi ele quem criou a confusão.”
A compensação pela perda de arrecadação com a Lei Kandir – que desonera do ICMS as operações de exportação – é considerada um tema prioritário pelos governadores eleitos. Eles poderão começar suas administrações com perdas expressivas na receita caso o repasse das compensações da Lei Kandir não seja prorrogado.
Em todo o Brasil, o impacto chega a R$ 19,5 bilhões (valores de dezembro de 2009), segundo consta na justificativa do projeto de lei complementar que prevê a prorrogação.
“Nos últimos anos o governo não vem fazendo os repasses devidos. Para o Paraná, que é um grande exportador, especialmente de commodities, resolver este assunto é fundamental, sob pena de comprometer projetos no Estado”, afirma Gustavo Fruet.
Segundo ele, porém, para que este tema – e também a PEC do Fundo de Erradicação da Pobreza – seja votado este ano, é preciso que o governo retire o caráter de urgência dos projetos que tratam do pré-sal, ou que se adie a votação da PEC 300, que trata do piso salarial dos policiais militares.
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