O projeto de urbanização da Vila Pantanal está atendendo mais 43 famílias com novas moradias. Na terça-feira (6) foram reassentadas seis famílias que viviam em situação de risco social e nas próximas semanas serão entregues as outras 37 unidades. Após esta etapa chega a 168 o número de famílias beneficiadas no local.
A Vila Pantanal é uma das 43 áreas irregulares da cidade onde a Companhia de Habitação popular de Curitiba (Cohab) está executando projetos de urbanização e retirando famílias que moram nas margens de rios. A vila, com 768 domicílios é uma das mais precárias ocupações de Curitiba, pois sua localização, próxima à Área de Preservação Ambiental (APA) do Iguaçu, impedia a execução de infraestrutura e melhorias no local.
Parte das famílias vivia em pontos de alagamentos e junto à faixa de preservação do rio. Elas estão sendo gradativamente transferidas para um novo loteamento implantando na própria área, em ponto onde não há restrições para uso habitacional nem perigo de inundação. As 131 famílias que já foram reassentadas fazem parte de um total de 334 que receberão casas novas.
As demais 434 famílias, que estão em locais que não oferecem riscos, serão contempladas com obras de urbanização no próprio local onde residem. Estão sendo implantadas redes de água, energia elétrica, drenagem, organização do sistema viário e pavimentação.
O projeto tem custo global de R$ 10,1 milhões e está sendo executado com recursos do município e de financiamentos contratados junto ao programa Pró Moradia, do governo federal, e Fonplata (organismo financeiro que atua nos países da bacia do rio da Prata, na América do Sul).
Histórico - A Vila Pantanal surgiu em um terreno da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), localizado junto à APA do rio Iguaçu e ao lado de um pátio de manobras de trens. O local hoje é administrado pela ALL (América Latina Logística), empresa que detém a concessão para operação da malha ferroviária do sul do país. Em função da sua localização, a área tem restrições ambientais e de segurança para uso habitacional. Os trilhos do trem funcionam como uma barreira física, impedindo a ligação com o restante do bairro.
Até recentemente, a ocupação não havia recebido nenhuma infraestrutura e não tinha equipamentos comunitários. A partir de 2005, o perfil local começou a mudar, com a instalação de uma escola de 1° grau, uma creche e uma unidade de saúde dentro da área. A instalação destes equipamentos estava prevista no projeto de urbanização e integra a contrapartida aos financiamentos concedidos ao município para a intervenção na área.
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