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Moradores, comerciantes e lideranças comunitárias dos bairros da região norte aprovaram o Plano Diretor de Drenagem de Curitiba, apresentado na noite desta terça-feira, em audiência pública que reuniu 180 pessoas no auditório da Rua da Cidadania Boa Vista. "Aqui existem bairros com áreas de risco quando chove muito. É bom sabermos o que a Prefeitura está fazendo e planejando nessa área de drenagem", disse o aposentado Carlos Geronazzo, que há 67 anos mora no Boa Vista, e se interessou pelas melhorias que podem ser feitas no Rio Bacacheri.
O plano está sendo feito nas bacias que cruzam Curitiba: Atuba, Belém, Passaúna, Barigui, Ribeirão dos Padilhas e o rio Iguaçu, dentro do limite de Curitiba. Em cada um desses rios, foram levantados pontos onde acontecem alagamentos frequentes. Também integram o estudo informações do impacto da vazão dos rios que vem dos municípios vizinhos à Capital.
A audiência reuniu os moradores das quatro regionais da área norte da cidade: Boa Vista, Matriz, Cajuru e Santa Felicidade. "É importante ouvir a opinião dos moradores. Nas audiências os moradores podem fazer críticas e questionamentos que respondemos com nossa equipe de engenheiros especialistas na área", explicou o secretário de Obras, Mário Tookuni. O Ippuc e Secretaria do Meio Ambiente também estão envolvidos no desenvolvimento do plano diretor.
Os moradores conheceram o desenvolvimento do Plano de Drenagem. Até agora foram concluídas duas fases, a coleta de informações e o diagnóstico da situação de drenagem em Curitiba. O plano continua em desenvolvimento e a conclusão está prevista para acontecer em setembro de 2012. O estudo é feito pela empresa Cobrape, a pedido da Prefeitura de Curitiba.
Monitoramento - O plano de drenagem aponta também a necessidade de a cidade ter um sistema de monitoramento de seus rios, para que seja possível tomar medidas preventivas em locais de risco. Uma medida é a criação de estações de controle, que podem ser fixas ou móveis, que permitirão ações futuras de controle das cheias.
Também há o estudo de criação de um fundo de combate às enchentes, que pode ser criado com recursos próprios, repasses estaduais ou federais. Com este fundo será possível fazer obras para conter cheias nas bacias da cidade.
O plano diretor incluirá também medidas para a preservação das nascentes, melhoria da qualidade da água e ao reordenamento das ocupações irregulares. E vai prever ações para revitalização dos rios, adequação da estrutura de drenagem, implantação de bacias de contenção e acumulação, monitoramento do lançamento de esgoto e ações de desassoreamento e limpeza.
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