Para receber o apoio do PT já no primeiro turno na disputa pela prefeitura de Curitiba o ex-deputado Gustavo Fruet vai ter de pagar alguns “pedágios” políticos. Entre eles está o apoio a recriação da CPMF, uma obsessão petista desde que o imposto foi derrubado com a ajuda do próprio Fruet em 2007.
Depois de acertar seu ingresso no PDT, no próximo dia 13 em Brasília, com as bênçãos dos caciques políticos do PT, como José Dirceu e Paulo Bernardo, Fruet vai admitir que a derrubada do imposto foi um erro político. Embora não tenha mais voto para “reparar esse erro”, seu reconhecimento do “equívoco” é visto como importante pelo governo em sua campanha para tornar a volta do imposto mais palatável.
O governo federal tem tentado transformar a volta da CPMF, ainda que com outra denominação, em uma espécie de “reivindicação espontânea” dos governadores e de políticos, de forma a poupar Dilma Rousseff dos desgastes de patrocinar uma iniciativa notoriamente impopular.
A guinada política de Fruet não chega ser uma novidade. Em 2010, depois de finalmente decidir disputar o governo do Estado pelo PDT, com o apoio do PT, Osmar Dias também reviu seus conceitos. Passou a elogiar o Bolsa Família, que considerava demagógico e assistencialista. O ex-senador passou a enxergar em Lula, a quem costumava chamar de “despreparado”, um grande estadista. Derrotado na eleição Osmar, foi recompensado pelo PT com uma importante diretoria no Banco do Brasil.
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