de Janio de Freitas, na Folha de São Paulo
QUASE DESPERCEBIDO de todo pelo noticiário, o combate à veloz e devastadora expansão do crack recebeu o primeiro impulso dado por Dilma Rousseff, com a decisão de criar 49 centros de formação de especialistas e de recuperação, mas uma outra parte desse combate continua ostensivamente relegada pelos governos federal, estaduais e municipais.
Os centros a serem instalados em universidades e os 14 mil especialistas que devem formar, de acordo com o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado ainda no governo Lula, terão sua eficácia neutralizada por novas e crescentes levas de viciados, caso não sejam iniciadas também as providências possíveis há muito tempo.
As cracolândias são feridas sociais que se multiplicam pelo país. Cidades maiores têm várias. Não são refúgios, são concentrações de consumo e comércio de crack expostas a todos, a fotografias, ao ocasional interesse da TV e, sobretudo, aos policiais que rondam por ali, sem mais interferência do que algum apaziguamento de briga.
As cracolândias são concentrações de degradação humana consentidas pelos governos.
A aceitação dessas associações de vício e criminalidade não é explicável por si só. Exige derivá-la de interesses e conveniências que, por sua vez, não estão só na banda corrupta das polícias. Há também, e não poderia ser diferente, o consentimento de outras instâncias dos governos, a omissão das Câmaras de vereadores, das Assembleias estaduais, de deputados federais e de senadores, todos cientes das facilidades dadas ao consumo e expansão do crack em seus Estados e cidades. As cracolândias são vitrines não só de desgraçados.
O êxito do importante programa iniciado pela Presidência depende da ação e da pressão pesada do governo federal sobre Estados e municípios, para iniciativas contra o crack. Do contrário, os novos centros jamais suprirão as necessidades criadas, sem cessar, pela facilidade dada ao comércio e uso da droga terrível.
QUASE DESPERCEBIDO de todo pelo noticiário, o combate à veloz e devastadora expansão do crack recebeu o primeiro impulso dado por Dilma Rousseff, com a decisão de criar 49 centros de formação de especialistas e de recuperação, mas uma outra parte desse combate continua ostensivamente relegada pelos governos federal, estaduais e municipais.
Os centros a serem instalados em universidades e os 14 mil especialistas que devem formar, de acordo com o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado ainda no governo Lula, terão sua eficácia neutralizada por novas e crescentes levas de viciados, caso não sejam iniciadas também as providências possíveis há muito tempo.
As cracolândias são feridas sociais que se multiplicam pelo país. Cidades maiores têm várias. Não são refúgios, são concentrações de consumo e comércio de crack expostas a todos, a fotografias, ao ocasional interesse da TV e, sobretudo, aos policiais que rondam por ali, sem mais interferência do que algum apaziguamento de briga.
As cracolândias são concentrações de degradação humana consentidas pelos governos.
A aceitação dessas associações de vício e criminalidade não é explicável por si só. Exige derivá-la de interesses e conveniências que, por sua vez, não estão só na banda corrupta das polícias. Há também, e não poderia ser diferente, o consentimento de outras instâncias dos governos, a omissão das Câmaras de vereadores, das Assembleias estaduais, de deputados federais e de senadores, todos cientes das facilidades dadas ao consumo e expansão do crack em seus Estados e cidades. As cracolândias são vitrines não só de desgraçados.
O êxito do importante programa iniciado pela Presidência depende da ação e da pressão pesada do governo federal sobre Estados e municípios, para iniciativas contra o crack. Do contrário, os novos centros jamais suprirão as necessidades criadas, sem cessar, pela facilidade dada ao comércio e uso da droga terrível.
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