Ricardo Kotscho
Passou despercebida no meio do noticiário sobre as lambanças no novo concurso promovido pelo Senado, no último final de semana, a informação sobre os supersalários oferecidos aos felizardos que forem aprovados.
São de dar água na boca: os salários iniciais variam de R$ 13,8 mil a R$ 23,8 mil para funções como analista de informática, analista de suporte e enfermeiro. Só isso pode explicar que 157 mil pessoas tenham se inscrito no concurso para disputar as 246 vagas. Passar neste concurso é como ganhar na loteria todo mês para o resto da vida.
Conheço pessoas que trabalham nestas funções e nenhuma tem salário que chega sequer perto destes valores. No mercado dos simples mortais, de acordo com pesquisa que fiz na internet, os salários mais altos oferecidos variam de R$ 5 mil a R$ 9 mil para quem tem formação superior.
O concurso foi organizado pela Fundação Getúlio Vargas, a respeitável FGV, mesma instituição responsável pelo projeto de reforma administrativa do Senado que deverá ser votada nesta quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça, depois de se arrastar por mais de dois anos e receber várias modificações.
É uma farra: pela proposta original, o número de cargos comissionados para o gabinete de cada um dos 81 senadores passaria dos atuais 12 para 25. Os senadores acharam pouco: agora, o projeto que será votado prevê que cada um poderá empregar 55 servidores.
Como quem paga somos nós, eles não estão preocupados com as despesas. No ano passado, o Congresso Nacional custou aos brasileiros R$ 6,2 bilhões (um terço desta bolada foi para o Senado).
Com as novas contratações previstas, os gastos devem aumentar bastante este ano. Até o dia 2 de março, segundo a última informação oficial divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social do Senado, trabalhavam lá 8.905 funcionários. Como o novo trem da alegria prevê a criação de mais 246 vagas este número passará de 9 mil.
Trabalhar, claro, é modo de dizer, porque boa parte deles não precisa bater ponto, fica à disposição dos senadores em seus Estados de origem, faz cursos no exterior ou trabalha full-time em empresas privadas.
Passou despercebida no meio do noticiário sobre as lambanças no novo concurso promovido pelo Senado, no último final de semana, a informação sobre os supersalários oferecidos aos felizardos que forem aprovados.
São de dar água na boca: os salários iniciais variam de R$ 13,8 mil a R$ 23,8 mil para funções como analista de informática, analista de suporte e enfermeiro. Só isso pode explicar que 157 mil pessoas tenham se inscrito no concurso para disputar as 246 vagas. Passar neste concurso é como ganhar na loteria todo mês para o resto da vida.
Conheço pessoas que trabalham nestas funções e nenhuma tem salário que chega sequer perto destes valores. No mercado dos simples mortais, de acordo com pesquisa que fiz na internet, os salários mais altos oferecidos variam de R$ 5 mil a R$ 9 mil para quem tem formação superior.
O concurso foi organizado pela Fundação Getúlio Vargas, a respeitável FGV, mesma instituição responsável pelo projeto de reforma administrativa do Senado que deverá ser votada nesta quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça, depois de se arrastar por mais de dois anos e receber várias modificações.
É uma farra: pela proposta original, o número de cargos comissionados para o gabinete de cada um dos 81 senadores passaria dos atuais 12 para 25. Os senadores acharam pouco: agora, o projeto que será votado prevê que cada um poderá empregar 55 servidores.
Como quem paga somos nós, eles não estão preocupados com as despesas. No ano passado, o Congresso Nacional custou aos brasileiros R$ 6,2 bilhões (um terço desta bolada foi para o Senado).
Com as novas contratações previstas, os gastos devem aumentar bastante este ano. Até o dia 2 de março, segundo a última informação oficial divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social do Senado, trabalhavam lá 8.905 funcionários. Como o novo trem da alegria prevê a criação de mais 246 vagas este número passará de 9 mil.
Trabalhar, claro, é modo de dizer, porque boa parte deles não precisa bater ponto, fica à disposição dos senadores em seus Estados de origem, faz cursos no exterior ou trabalha full-time em empresas privadas.
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