Há foguetório, bumbos e trombones nos arraiais petistas. O Judiciário entrou no jogo para anular uma vitória democrática conquistada no Parlamento. Não, não estamos a falar da Venezuela. Aconteceu nesta noite, em Brasília. Em decisão monocrática, o ministro do STF Edson Fachin suspendeu a instalação da comissão do impeachment até o plenário do STF analisar o caso. A falta de outra justificativa, Fachin disse que sua decisão foi para evitar a realização de atos que, posteriormente, possam ser invalidados pelo próprio STF. Pois, pois, assim é se lhe parece.
Ora, pois, a decisão foi tomada por Fachin logo após a Câmara decidir, por 272 votos a 199, eleger a chapa alternativa de deputados de oposição e dissidentes da base aliada para a comissão especial, que vai analisar o prosseguimento do processo.
Assim Fachin libera a presidente Dilma Rousseff, que o nomeou, do constrangimento da instalação da comissão especial que estava marcada para a tarde de amanhã, quarta-feira, 9. Fachin determinou que os trabalhos sejam interrompidos até que o plenário do Supremo analise o caso, votação que está marcada para a próxima quarta, dia 16.
Repito, pelo esforço de petistas e assemelhados, o Brasil ainda há de cumprir seu ideal, ainda vai tornar-se uma imensa Venezuela.
Fachin analisou pedido apresentado pelo PC do B antes da votação, que voltou a pedir liminar para suspender o andamento do processo até que o Supremo se manifeste sobre as lacunas da lei 1079 de 1950, que estabelece um rito para o processo de impeachment. O partido questionou ainda a votação secreta para eleger a comissão especial e o fato de haver duas chapas, sendo uma de oposição.
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