Gleisi Hoffmann e Aloysio Nunes batem boca no plenário
"Eu estou aqui fervendo ouvindo essas barbaridades", retrucou o tucano (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Os senadores Gleisi Holffmann (PT-PR) e Aloysio
Nunes (PSDB-SP) bateram boca nesta segunda-feira, 6, no plenário do
Senado. Após a petista dizer que o PSDB planejava um "golpe" contra a
presidente Dilma Rousseff, o tucano pediu um aparte e disse que não iria
admitir ser chamado de "golpista".
Durante o seu discurso na tribuna do Senado, a ex-ministra da Casa Civil se disse "assustada" com o tom adotado pelas principais lideranças do PSDB na convenção do partido realizada no domingo. A petista acusou o PSDB de promover um "terceiro turno" da eleição e de planejar um "golpe" para tirar a presidente do poder.
"Um partido não pode se prestar a esse papel. Nós temos que parar com essa balbúrdia. O golpe nós não podemos aceitar. O golpe não serve a nossa democracia", afirmou.
Gleisi criticou a ação que o PSDB move no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para cassar o mandato da presidente. Ela defendeu que não há fatos concretos contra a campanha de Dilma e que as doações feitas à petista pelas empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato são tão legítimas quanto às recebidas pelo PSDB das mesmas empresas.
Em outra frente, ela afirmou que as chamadas "pedaladas fiscais" condenadas pelo Tribunal das Contas da União (TCU) também foram praticadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, portanto, não seriam um motivo para levar ao impeachment de Dilma.
"É legítima a crítica, é legítimo o debate, o que não é legítimo é o golpe. O golpe não é legítimo! Dizer que tem de afastar uma presidente da República sem mostrar o motivo. Qual é o motivo?", questionou.
Ao ouvir o pronunciamento de Gleisi, Aloysio pediu um aparte e disse que os argumentos da petista eram uma "barbaridade" e que ele não aceitava ser chamado de golpista.
"Eu estou aqui fervendo ouvindo essas barbaridades", disse. "Isso é um insulto a um partido político brasileiro cujas credencias democráticas não podem ser contestadas pelo Partido dos Trabalhados", afirmou.
Gleisi então rebateu e disse que não o havia chamado de "golpista", mas que, pelo visto, a carapuça havia servido.
Mais tarde, na tribuna, Aloysio voltou ao assunto e disse que não deseja o fim do governo Dilma, mas que o PSDB estaria preparado para "cumprir o seu papel" caso essa fosse a decisão do TSE. "Eu não desejo o fim do governo da presidente Dilma. Eu quero ganhar no voto em 2018, mas se a Justiça trabalhar, cumprir o seu papel, e decidir no sentido de interromper o mandato, estaremos em condição de fazer uma transição tranquila e assumir as rédeas governo", afirmou.
Presente no plenário, o vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RR), também saiu em defesa da presidente e afirmou que há "uma campanha deliberada" contra Dilma e o vice-presidente Michel Temer, que é do PMDB, inclusive de "setores do TCU". "Não há nada concreto contra a presidente. Até o momento o que está se fazendo é uma campanha deliberada para derrubar a presidente, inclusive de setores do Tribunal de Contas da União", disse.
Tanto Gleisi quanto Raupp estão sendo investigados pelos desvios na Petrobrás apurados no âmbito da Operação Lava Jato. Aloysio Nunes não está sob investigação, mas foi citado na delação do presidente da UTC Ricardo Pessoa como sendo destinatário de R$ 200 mil. (AE)
Durante o seu discurso na tribuna do Senado, a ex-ministra da Casa Civil se disse "assustada" com o tom adotado pelas principais lideranças do PSDB na convenção do partido realizada no domingo. A petista acusou o PSDB de promover um "terceiro turno" da eleição e de planejar um "golpe" para tirar a presidente do poder.
"Um partido não pode se prestar a esse papel. Nós temos que parar com essa balbúrdia. O golpe nós não podemos aceitar. O golpe não serve a nossa democracia", afirmou.
Gleisi criticou a ação que o PSDB move no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para cassar o mandato da presidente. Ela defendeu que não há fatos concretos contra a campanha de Dilma e que as doações feitas à petista pelas empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato são tão legítimas quanto às recebidas pelo PSDB das mesmas empresas.
Em outra frente, ela afirmou que as chamadas "pedaladas fiscais" condenadas pelo Tribunal das Contas da União (TCU) também foram praticadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, portanto, não seriam um motivo para levar ao impeachment de Dilma.
"É legítima a crítica, é legítimo o debate, o que não é legítimo é o golpe. O golpe não é legítimo! Dizer que tem de afastar uma presidente da República sem mostrar o motivo. Qual é o motivo?", questionou.
Ao ouvir o pronunciamento de Gleisi, Aloysio pediu um aparte e disse que os argumentos da petista eram uma "barbaridade" e que ele não aceitava ser chamado de golpista.
"Eu estou aqui fervendo ouvindo essas barbaridades", disse. "Isso é um insulto a um partido político brasileiro cujas credencias democráticas não podem ser contestadas pelo Partido dos Trabalhados", afirmou.
Gleisi então rebateu e disse que não o havia chamado de "golpista", mas que, pelo visto, a carapuça havia servido.
Mais tarde, na tribuna, Aloysio voltou ao assunto e disse que não deseja o fim do governo Dilma, mas que o PSDB estaria preparado para "cumprir o seu papel" caso essa fosse a decisão do TSE. "Eu não desejo o fim do governo da presidente Dilma. Eu quero ganhar no voto em 2018, mas se a Justiça trabalhar, cumprir o seu papel, e decidir no sentido de interromper o mandato, estaremos em condição de fazer uma transição tranquila e assumir as rédeas governo", afirmou.
Presente no plenário, o vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RR), também saiu em defesa da presidente e afirmou que há "uma campanha deliberada" contra Dilma e o vice-presidente Michel Temer, que é do PMDB, inclusive de "setores do TCU". "Não há nada concreto contra a presidente. Até o momento o que está se fazendo é uma campanha deliberada para derrubar a presidente, inclusive de setores do Tribunal de Contas da União", disse.
Tanto Gleisi quanto Raupp estão sendo investigados pelos desvios na Petrobrás apurados no âmbito da Operação Lava Jato. Aloysio Nunes não está sob investigação, mas foi citado na delação do presidente da UTC Ricardo Pessoa como sendo destinatário de R$ 200 mil. (AE)
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