Famosos criminalistas
brasileiros, contratados a peso de ouro para defender acusados na
Operação Lava Jato, estão diante de um dilema: abandonar ou não o
trabalho. Alguns já o fizeram. O problema é mais grave nos casos em que o
desmantelamento do esquema de corrupção na Petrobras afetou
dramaticamente a saúde financeira das empresas. Pedindo para não serem
citados, eles falam abertamente no “cano”.
“Sem receber pelo
trabalho, nós estamos financiando alguns dos caras mais ricos do mundo”,
diz uma das estrelas da advocacia criminalista.
Com seus doleiros
presos e movimentações financeiras no exterior monitoradas, os
empreiteiros não têm como “internalizar” dinheiro.
OAS, Engevix, Mendes
Junior e UTC, que faturavam bilhões, estão entre as empreiteiras que
mais dão sinais de debilitação pós-Lava Jato.
Ao ouvir a cobrança
do advogado, empreiteiro baiano que tem medo de voltar à cadeia foi
sincero: “Você é a última das minhas preocupações”.
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