Pedro Luiz Rodrigues
Pecam pela modéstia os que acham que o grande símbolo
de incompetência e gestão medíocre de nossos governantes, na área do
petróleo, foi a operação da compra pela Petrobras de uma refinaria de
quinta classe no Texas, a preço de ouro.
A empresa que “é nossa”, dos brasileiros, por razões e motivos que esperamos venham a ser apurados pela Justiça, pagou 1,1 bilhão de dólares por uma empresa cujo valor de mercado não ultrapassaria os 50 milhões de dólares.
Ao longo dos últimos anos, as desculpas mais esfarrapadas já foram dadas para justificar o mal feito. Agora, finalmente, o Palácio do Planalto admite que as mais gradas autoridades da República foram engabeladas por um punhado de funcionários graduados da Petrobras.
Se solicitado pelos investigadores brasileiros, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos – sob o amparo de sua dura legislação anti-corrupção daquele país – não se furtará em colaborar, buscando seguir a trilha da dinheirama. Vamos ver em cofres de quem boa parte dela foi parar!
Em artigo, neste espaço (publicado em 25 de setembro do ano passado), comentei que a realidade, dura e inflexível tratava de desmontar a cada dia o aparato circense que marqueteiros a soldo construíram para nos fazer acreditar que a administração do ex-presidente Lula teria sido um sucesso administrativo. Mito sobre a competência e extraordinária capacidade gestora foi também construído em torno do nome de sua sucessora, a Presidente Dilma Rousseff.
Mas o verdadeiro escândalo envolvendo refinarias não foi Pasadena: está sendo a construção da refinaria de Abreu em Lima, em Pernambuco.
Em 2008, apaixonado pelo bolivarianismo chavista, Lula assinou um acordo com a PDVSA para construir a mencionada refinaria, ao custo estimado de 2,5 bilhões de dólares. O projeto foi igualmente endossado pela nossa atual Presidente.
Passados cinco anos, o que aconteceu? A PDVSA tirou fora o time (o Ministro Marco Aurélio Garcia, tutor das relações Brasil-Venezuela que explique as razões) e a Petrobras está tendo de pagar tudo. Já gastou mais de 20 bilhões de dólares (oito vezes mais do que o estimado).
Para agravar, a obra - que deveria ter entrado em funcionamento em 2011 – continua inacabada até os nossos dias. Até a entrega das chaves, provavelmente seu custo poderá ser acrescido de mais uns três ou quatro bilhões de dólares.
Explicações esfarrapadas têm sido dadas com abundância em relação a essa situação absurda. Uma obra custar o dobro do projetado já seria razão de se levantar dúvidas sobre a capacidade e retidão de quem a propôs (é o caso, por exemplo, do novo Estadio de Brasília). Mas em cinco anos um orçamento ser multiplicado por oito, é caso de polícia, Ministério Público, TCU, CVM, OAB e, claro, o nosso cada vez mais combativo Congresso Nacional.
Por falar em Congresso, obviamente a Senadora Gleisi Hoffmann (senadora pelo Paraná, possível candidata ao governo do Estado pelo PT e ex-ministra da Casa Civil) – que ontem levantou-se em defesa da operação de Pasadena - achará que o estouro do orçamento de Abreu e Lima em oito vezes é coisa natural e corriqueira. Não será esta posição, contudo, merecedora de grande entusiasmo por parte dos eleitores paranaenses…
A empresa que “é nossa”, dos brasileiros, por razões e motivos que esperamos venham a ser apurados pela Justiça, pagou 1,1 bilhão de dólares por uma empresa cujo valor de mercado não ultrapassaria os 50 milhões de dólares.
Ao longo dos últimos anos, as desculpas mais esfarrapadas já foram dadas para justificar o mal feito. Agora, finalmente, o Palácio do Planalto admite que as mais gradas autoridades da República foram engabeladas por um punhado de funcionários graduados da Petrobras.
Se solicitado pelos investigadores brasileiros, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos – sob o amparo de sua dura legislação anti-corrupção daquele país – não se furtará em colaborar, buscando seguir a trilha da dinheirama. Vamos ver em cofres de quem boa parte dela foi parar!
Em artigo, neste espaço (publicado em 25 de setembro do ano passado), comentei que a realidade, dura e inflexível tratava de desmontar a cada dia o aparato circense que marqueteiros a soldo construíram para nos fazer acreditar que a administração do ex-presidente Lula teria sido um sucesso administrativo. Mito sobre a competência e extraordinária capacidade gestora foi também construído em torno do nome de sua sucessora, a Presidente Dilma Rousseff.
Mas o verdadeiro escândalo envolvendo refinarias não foi Pasadena: está sendo a construção da refinaria de Abreu em Lima, em Pernambuco.
Em 2008, apaixonado pelo bolivarianismo chavista, Lula assinou um acordo com a PDVSA para construir a mencionada refinaria, ao custo estimado de 2,5 bilhões de dólares. O projeto foi igualmente endossado pela nossa atual Presidente.
Passados cinco anos, o que aconteceu? A PDVSA tirou fora o time (o Ministro Marco Aurélio Garcia, tutor das relações Brasil-Venezuela que explique as razões) e a Petrobras está tendo de pagar tudo. Já gastou mais de 20 bilhões de dólares (oito vezes mais do que o estimado).
Para agravar, a obra - que deveria ter entrado em funcionamento em 2011 – continua inacabada até os nossos dias. Até a entrega das chaves, provavelmente seu custo poderá ser acrescido de mais uns três ou quatro bilhões de dólares.
Explicações esfarrapadas têm sido dadas com abundância em relação a essa situação absurda. Uma obra custar o dobro do projetado já seria razão de se levantar dúvidas sobre a capacidade e retidão de quem a propôs (é o caso, por exemplo, do novo Estadio de Brasília). Mas em cinco anos um orçamento ser multiplicado por oito, é caso de polícia, Ministério Público, TCU, CVM, OAB e, claro, o nosso cada vez mais combativo Congresso Nacional.
Por falar em Congresso, obviamente a Senadora Gleisi Hoffmann (senadora pelo Paraná, possível candidata ao governo do Estado pelo PT e ex-ministra da Casa Civil) – que ontem levantou-se em defesa da operação de Pasadena - achará que o estouro do orçamento de Abreu e Lima em oito vezes é coisa natural e corriqueira. Não será esta posição, contudo, merecedora de grande entusiasmo por parte dos eleitores paranaenses…
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